Com Marco Polo Del Nero, presidente afastado da CBF por suspensão imposta pela Fifa, praticamente sem chance de retorno ao cargo, a entidade já está costurando apoio para antecipar suas eleições. A organização foi atrás das federações estaduais para emplacar o plano e um sucessor indicado por Del Nero, com mandato que encerra em abril de 2019.
E os clubes? Bem, os clubes, claro, só pra variar estão de fora. São os protagonistas das competições, pagam os salários dos jogadores, fornecem atletas para as seleções brasileiras de base em todas as categorias, atraem audiência para a televisão, mas, na hora de participar das eleições, acabam sempre escanteados.
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O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi o único a se manifestar até então. E acusou a CBF de estar tramando um “golpe” para eleger Rogério Caboclo, o preferido da entidade e de Del Nero. Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, seria um possível candidato escolhido pelos clubes.
É só mais uma ação da entidade que rege o futebol nacional para garantir a manutenção do poder. No início do ano passado, a CBF alterou o seu estatuto dando peso maior aos votos das federações dos estados. Em caso de as federações votarem em bloco, é o suficiente para elegerem um candidato, mesmo com os todos os clubes escolhendo juntos.
Enquanto isso, no mês passado a CBF sorteou 10 clubes para embarcar num voo para assistir, com hospedagem, alimentação e ingressos pagos, a primeira fase da Copa do Mundo da Rússia. E o que fizeram os clubes, alguns deles críticos da entidade como o Atlético? Correram para fazer check-in e reservar um lugar na janelinha do voo da alegria.
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