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Jogo na grama sintética do Atlético é “outro esporte”? Veja o que diz estudo

Albari Rosa/Gazeta do Povo (Foto: )

O Footstats revelou uma comparação interessante sobre as estatísticas dos jogos na grama sintética do Atlético e as demais partidas do Brasileiro 2017. Um paralelo que desmonta a tese de que o “jogo jogado” na Arena é “outro esporte”. Veja todos os números abaixo.

Basicamente, o estudo apresenta pouca diferença entre as duas situações. Em boa parte dos quesitos, a discrepância fica, digamos, na “margem de erro”. Um pouco acima pra cá, um pouco abaixo pra lá, nada extremamente relevante.

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É preciso considerar ainda o nível de influência do “fator Atlético”. Afinal, dos 19 jogos pesquisados da Arena, um dos times sempre foi o mesmo, o dono da casa. E, naturalmente, o estilo de jogo, as virtudes e defeitos do Furacão acabam pesando nos números.

Mas vamos aos pontos em que existe uma diferença notável:

Viradas de jogo: 7,3 em média fora da Arena e 11,9 dentro. Diferença de 63% a mais no estádio atleticano, o que é curioso, pois se entende que a bola corre mais rasteira no sintético.

Passes: 769 em média fora da Arena e 838 dentro. Variação de 9% a mais no Joaquim Américo, ou 69 passes a mais. É compreensível, pois o gramado sintético favorece a troca de bola. Mas é um número que pode estar “viciado”, considerando que o Atlético abusou das trocas de passe no ano passado (a bola circulava entre zagueiros e laterais sem parar).

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Dribles: 5,2 em média fora da Arena, 4,6 dentro. Variação de 11,5% pra menos na Baixada. Dá para explicar a diferença pela valorização do passe, mais do que o drible, no gramado sintético. Ainda assim, é discutível.

Faltas: 30,9 fora da Arena e 27,3 dentro. Variação de 11,6% a menos na casa do Furacão. Com o jogo de mais posse, menos individualizado, há menos falta.

Perdas de posse: 62,4 fora da Arena e 54,7 dentro. Variação de 12,3% para menos no estádio do Atlético. Com mais facilidade para o domínio e passe, há menos perda da bola.

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