Recentemente, Atlético e prefeitura de Curitiba retomaram as conversas sobre a dívida da Arena da Copa do Mundo de 2014. E na busca por um acordo com o município, o Furacão apela para o fracasso da viabilização financeira das arenas erguidas para o Mundial.
Na reunião, representantes do clube ressaltaram como está sendo caro para o Furacão manter a operação da Arena no pós-Copa. Sem conseguir um contrato de naming rights e com eventos esporádicos – desde 2014, apenas UFC e Liga Mundial foram atrações de grande porte.
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“A operação dos estádios simplesmente fracassou”, chegou a dizer uma fonte do Atlético. O clube fala ainda que números foram superestimados por consultorias que previam o sucesso das arenas. Diz também que houve uma “frustração de demanda”.
É uma tese do Rubro-Negro para forçar a divisão por três do orçamento total do Joaquim Américo, que supera R$ 350 milhões. Até então, a prefeitura de Curitiba mantém a posição de pagar o seu terço somente da conta inicial, de aproximadamente R$ 184 milhões.
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Em outras palavras, o clube não quer ficar com o “mico” da dívida apenas para si. Pretende repartir também com o município, além do estado, que já sinalizou nesse sentido. Para o Atlético, todos os envolvidos se beneficiaram com a Copa em Curitiba, logo, precisam “rachar a conta”.
O fim da ilusão com a arenas de Copa no Brasil
O cenário que o Rubro-Negro pinta é bem diferente do que se pintava antes do Mundial. Havia um entusiasmo dos envolvidos com o futuro das arenas. Primeiro, lá no princípio, de que seriam bancadas completamente pela iniciativa privada. Uma comprovação de como eram negócios interessantes.
Não demorou nada e o poder público teve de fazer jorrar dinheiro para garantir a realização da Copa no país. Mesmo assim, a conversa ainda era de que as contas seriam pagas facilmente, independentemente do tipo de financiamento utilizado por casa estádio.
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Era a paisagem desenhada por Mario Celso Petraglia, por exemplo. Por diversas vezes, o hoje presidente licenciado do Conselho Deliberativo do Furacão, mostrou, “na ponta do lápis”, como o clube pagaria as contas do Mundial em suaves prestações.
Veio todo o rolo sobre a grana da Arena, o orçamento que saltou de R$ 184 milhões para mais de R$ 350 milhões, e a crise econômica. Tudo isso pesa, evidentemente. Mas, é curioso notar como o panorama mudou completamente.
De fato, que com raras exceções, as novas arenas no Brasil viraram mesmo um problema. Há os casos de estádios que seria mais “barato” demolir, como os de Brasília, Manaus, Natal e Cuiabá. Dos demais, há dificuldades de toda sorte. E nem vamos falar de corrupção.
O caso do Maracanã é emblemático. O mais icônico dos estádios do Brasil, numa capital importante como o Rio de Janeiro, virou um micaço. A iniciativa privada não quer, o poder público não quer, os clubes não querem. Como resolver? Ninguém sabe.
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