Brasileirão e Libertadores| Foto:

O Brasileirão não é mais o mesmo. É um fenômeno difícil de decifrar a origem, mas fácil de identificar. Ser campeão nacional não representa tanto como em outros tempos. Estão todos ligados na Libertadores e, quem sabe, num título mundial.

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Atualmente, ser campeão do Brasileirão é quase como ser o primeiro classificado para a Libertadores pela disputa. Claro, é um exagero. Mas fica evidente que o efeito proporcionado pela taça é menos duradouro do que já foi um dia.

Uma medida que contribuiu para o cenário que beira o desprezo foi a instituição do G6 para a Libertadores, implementada ano passado. Dos 20 clubes participantes, seis passaram a ter chances de beliscar uma vaga no torneio continental.

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E, normalmente, brigam pelo G6 cerca de 10 clubes. Ou seja, metade das equipes estão concentradas na missão sul-americana. Sem contar que o G6 ainda pode virar G7, G8 e até G9. O foco está em entrar nesse grupo, numeroso e acessível, diferentemente do primeiro lugar.

Neste ano, para piorar, o Brasileirão ainda viu o Corinthians disparar e o Grêmio, que poderia representar algum perigo, abrir mão do caneco, que não vence desde 1996. Agora, são sete pontos e perspectivas pouco animadoras.

Os “novos tempos” e o Brasileirão

Por fim, percebo que os “novos tempos” colaboram para a situação. De alguns anos para cá, a cobertura da Libertadores está cada vez mais massiva, os jogos dos brasileiros são todos transmitidos, e os torcedores estão ligados em tudo pelas redes sociais.

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Desvalorização que a CBF já percebeu e busca alternativas para diminuir. A entidade tem incrementado cada vez mais a premiação do Brasileirão e para este ano vai distribuir R$ 18 milhões somente para o campeão. Além disso, a confederação busca ajustes no calendário.

Seja como for, é importante recuperar o Nacional. Não há dúvida que ser o melhor das Américas é honraria superior. Mas ficar com o caneco do principal campeonato do país pentacampeão mundial não pode ser apenas a conquista de uma taça a mais.