Principal competição nacional desde 1971, o Brasileirão foi se transformando com o passar dos anos. Mudanças de comportamento das torcidas, marketing esportivo, novas tecnologias, enfim, foram tantas as mudanças na competição que se aproxima dos 50 anos.
Veja o que deixou saudades no Brasileirão:
Foguete, fumaça, bandeira e papel picado
Muitos torcedores, como eu, curtiam a entrada dos times em campo, com a festa nas arquibancadas, tanto quanto o jogo. Os adereços coloriram os estádios até meados de 2000. Foram sumindo no embalo da violência das organizadas e hoje aparecem de vez em quando.
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Revista Placar
Lançada em 1970, por décadas realizou a melhor cobertura sobre futebol da imprensa brasileira, com destaque, claro, para o Brasileirão e o prêmio Bola de Prata. Entre idas e vindas, a publicação foi perdendo relevância.
Bola Topper
Junto com a bola clássica da Copa de 70, aquela dos gomos brancos e pretos hexagonais, a esfera produzida pela Topper jamais será esquecida por quem era moleque nos anos 80 e 90. Foi utilizada por algum tempo no Brasileirão.
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Léo Batista
Foi apresentador do Globo Esporte e narrador dos gols do Fantástico por décadas. De estilo econômico e voz marcante, fez história.
Silêncio no intervalo
O intervalo dos jogos servia para o descanso do batuque das organizadas. Silêncio oportuno para aliviar a tensão e debater os lances. Hoje é preciso aturar as músicas das novas arenas, de gosto duvidoso, em alto e bom som.
Outras cinco coisas que deixaram saudades no Brasileirão:
Moleque do placar
Uma das profissões do futebol que deixaram de existir. O moleque que ficava atrás do placar dos estádios, pescoceando a partida, e trocava os números do marcador (e de vez em quando colocava as placas de ponta cabeça).
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Maracanã
Quem foi ao Maraca, foi. Quem não foi, perdeu. Sob a desculpa da reforma para a Copa do Mundo, o palco mais clássico do futebol brasileiro foi completamente descaracterizado e perdeu seu charme único. Foi praça de confrontos históricos do Brasileirão.
Estádios divididos
Por muitos anos os clássicos foram disputados com estádios divididos, nem sempre na metade. Era a chance para as torcidas competirem, no grito, enquanto o contraste das cores proporcionava um cenário especial.
Luciano do Valle e Januário Oliveira
Luciano, morto em 2014, foi talvez o único narrador da TV capaz de rivalizar em emoção e categoria com Galvão Bueno. E Januário, aposentado, era o cara do “está lá um corpo estendido no chão”, entre outros bordões famosos.
Dellerba, Finta, Drible, Le Coq
Diversas marcas de artigos esportivos foram perdendo espaço com o tempo. Atualmente, os times da elite são dominados por Nike e Adidas, com outras fábricas disputando o que sobra. Ficaram para a história grifes alternativas como a Dellerba, Finta, Drible, Le Coq Sportif etc.
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