Quem ainda aguenta as polêmicas sobre a grama sintética do Atlético?
A última foi proporcionada pela Greenleaf. A empresa de grama natural, responsável pelo piso do Maracanã, publicou uma provocação ao Furacão no Facebook. Obviamente, com motivações comerciais. Depois, pediu desculpas. No fim, concorre como uma das aparições mais patéticas nas redes sociais em 2016, favorita ao prêmio “Foi meu primo que postou”.
As discussões já encheram a paciência de qualquer um por dois motivos básicos. O primeiro, porque a grama atleticana é autorizada pela Fifa. Ou seja, está dentro das regras, não há o que contestar. Além disso, a imensa maioria dos adversários aprovaram. Resumindo, para os diretamente envolvidos, dirigentes, clubes e atletas, não há debate.
Mas há ainda outra razão. Boa parte das “polêmicas” estão apoiadas em análises absolutamente superficiais. Basicamente, comparam os ótimos resultados do Atlético em casa, no piso sintético, com o pífio desempenho fora, na grama natural, para sacramentar: o Furacão só sabe jogar no campo artificial. Até jornalistas renomados estão caindo nessa.
Ignoram o bom desempenho costumeiro do Furacão em casa, a influência da torcida, a fraqueza de seu ataque fora, as mudanças táticas, enfim, uma série de aspectos relevantes para analisar o contraste entre as campanhas. E sabe o que é pior? Nem mesmo uma avaliação mais profunda será capaz de encerrar a questão.
Afinal, muitos fenômenos do futebol simplesmente não têm explicação alguma. São o que são e é possível, no máximo, tentar interpretar. Insistir com polêmica da grama sintética não vai levar a lugar algum. E já encheu o saco.
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