CBF e Rede Globo não entraram em um acordo e a entidade esportiva decidiu transmitir os amistosos da seleção brasileira por conta própria. Para tanto, a CBF alugou horários na TV Brasil e ainda pretende veicular as partidas contra Argentina (9/6) e Austrália (13/6) pela web, em parceria com a Vivo, e no Facebook.
A medida não impacta os jogos do Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, disputa que já teve os seus direitos de transmissão negociados. Também não influi em competições futuras, como a Copa do Mundo, que já teve os direitos adquiridos por Globo, SporTV e Fox Sports.
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A iniciativa da CBF segue o mesmo caminho que Atlético e Coritiba tomaram para a transmissão dos clássicos no Paranaense. Sem acordo com a Rede Globo, os dois rivais encamparam a veiculação via Youtube e Facebook. Medida que foi considerada um sucesso pelos clubes.
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Tomar conta da própria transmissão é uma chance de negociar diretamente patrocínios. E ainda explorar amplamente as marcas nas redes sociais. Entretanto, os valores com os apoiadores ainda são baixos na comparação com o que pagam as redes de TV.
A entidade fechou ainda uma equipe de transmissão, que contará com o narrador Nivaldo Prieto e os comentaristas Pelé e Denílson, ex-jogador. Há ainda a possibilidade de os confrontos do Brasil serem retransmitidos pela Band.
Veja abaixo a nota da Globo sobre o assunto:
O futebol sempre foi um conteúdo importante para o brasileiro e, por isso, é estratégico para a Globo e o SporTV.
Acreditamos que com compromissos de longo prazo conseguimos oferecer a melhor e mais completa experiência para o torcedor brasileiro, para as equipes, para os anunciantes e suas marcas. Foi pensando assim que adquirimos os direitos da Copa do Mundo até 2022 e que temos vários eventos e parcerias de longo prazo.
A CBF tinha planos de negociar os direitos dos Amistosos e das Eliminatórias da Copa 2022 na forma de bid (leilão fechado). Recentemente decidiu vender os dois jogos amistosos de junho de forma avulsa e, embora não acreditemos que esta seja a melhor solução para todas as partes, tentamos negociar mas não chegamos num acordo.
O Grupo Globo defende um mercado de concorrência e acredita que tem a melhor solução de visibilidade e envolvimento para os eventos da nossa seleção, tanto pela audiência quanto pela qualidade de transmissão e modelo econômico, mas respeitamos se a CBF pensa diferente.
Nós mantemos o nosso compromisso com o futebol e o nosso interesse em continuar trabalhando com a CBF na construção de acordos que sejam bons para todos – para a própria CBF, para o Grupo Globo, para os anunciantes e suas marcas, mas sobretudo para o público torcedor apaixonado pelo futebol e pela seleção brasileira.
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