Começa nesta segunda (2) a Copa São Paulo de futebol júnior. Mais tradicional competição de jovens jogadores do país, espécie de vestibular da bola que, convenhamos, é horrível de assistir.
Extremamente corridas e brigadas e, quase nunca, pensadas, as partidas da Copinha são uma versão humana do pebolim, célebre jogo de boteco, também conhecido como Fla-Flu. É um bate-e-rebate por 90 minutos.
Compreensível. Boa parte da molecada encara como oportunidade única na carreira (o que não é verdade, os bons terão outras chances). Assim, jogam como numa peneira: não passam a bola, abusam dos dribles, fazem de tudo para chamar atenção.
Não há qualquer consciência tática. Não há ritmo. A cabeça da gurizada ferve com tantas recomendações dos treinadores, a maioria também inexperiente. “Linha de quatro”, “marcação alta” e outros clichês do gênero.
Valem mais as recomendações dos empresários: “É a tua chance, arrebenta craque!”. A Copinha é uma grande convenção de agentes, o evento do ano para tentar faturar com comissões.
Lógico, há exceções. Duelos que, para quem está completamente avulso, até dá para assistir, considerando ainda o tempo de seca do futebol local. Mas, da minha parte, acompanhar a Copinha… só por obrigação.
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