Brasileirão, Copa do Mundo, logo você vai assistir no Facebook, Amazon, Twitter| Foto:

É meramente uma questão de (pouco) tempo. Logo você acompanhará seu time do coração no Brasileirão, ou mesmo a seleção de seu país na Copa do Mundo, por outras plataformas que não os canais de televisão. Verá pelo Facebook, Netflix, Twitter, Amazon, Youtube, Apple.

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Os gigantes do Vale do Silício já estão investindo no mercado de transmissões e, como de costume, entraram na disputa para dominar o setor. É uma tendência irreversível. Interessante para os consumidores, temerária para os atuais donos do mercado.

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Após atacarem a música e o cinema e, mais recentemente, a televisão, os grande players de tecnologia estão voltados para o esporte. É a última fronteira para a dominação global. E uma expectativa de faturamento gigantesco com assinantes e anunciantes.

A Amazon, maior empresa de comércio online do planeta, já adquiriu os direitos de transmissão da elite do tênis. Aceitou pagar aproximadamente US$ 13,2 milhões por temporada para transmitir o ATP World Tour para o Reino Unido, com exclusividade, pela Amazon Prime Video.

O Twitter, por sua vez, transmitiu em 2016 partidas da NFL, a liga nacional de futebol americano. Para este ano, o acordo foi refeito e a rede social deixou de exibir os jogos de toda quinta-feira, mas segue parceira da liga. Perdeu para quem? Para a Amazon, que topou pagar US$ 50 milhões por ano.

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A plataforma de microblog, entretanto, segue com planos ambiciosos. Ao lado do Facebook, abriu negociação com a Fox para obter conteúdo da próxima Copa do Mundo, na Rússia, em 2018. A conversa ainda não é sobre os jogos ao vivo, mas já trata dos melhores momentos e conteúdo exclusivo.

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No plano local, Facebook e Youtube já revelaram suas intenções ao transmitirem, em parceria com Atlético e Coritiba, os Atletibas do Paranaense deste ano. Uma experiência inédita no mercado brasileiro e exaltada por clubes e empresas.

A CBF tomou o mesmo caminho também em 2017. Sem acordo com a Globo, a entidade decidiu veicular amistosos da seleção brasileira por conta própria, e exibiu a camisa amarelinha no Facebook. A porta está mais do que aberta.

A NBA e a MBL, ligas americanas de basquete e baseball, respectivamente, já disponibilizam seus recursos próprios para transmissão digital. E no Brasil, a Globo, dona do Campeonato Brasileiro, também tem versão online para exibir as partidas.

Facebook, Amazon, Twitter… o desafio é financeiro

O desafio, claro, é financeiro. Tecnologia de ponta, e público ávido por esportes, os principais players de tecnologia detêm. Possuem uma vantagem até, por conhecerem, em detalhes, os hábitos de consumo de seus usuários, como o time preferido etc.

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Basta ver que o grupo Walt Disney, dono da ESPN, desembolsa cerca de US$ 2 bilhões pelos direitos de transmissão da NFL. E competições de grande apelo, como a NBA, a Premier League, ou mesmo a Copa do Mundo, seguem o padrão de cifras astronômicas.

Há também diversos direitos de transmissão que já estão presos com determinadas emissoras. É o caso do Campeonato Brasileiro. Globo e Esporte Interativo dividem as propriedades de exibição dos clubes participantes em contratos de alguns anos.

De certo, que a revolução digital está em curso. E de um ano para outro muita coisa muda. Quando as transmissões do Brasileirão e da Copa do Mundo vão tomar conta de vez de seu celular, desktop ou smart TV, não é possível afirmar. Mas será antes do que você imagina.