A saída de Messi da seleção da Argentina tem motivação maior do que a nova decepção esportiva da equipe, desta vez na Copa América. Antes da final com o Chile, o craque pediu mudança na AFA (a CBF do país vizinho) e lidera um boicote ao time nacional que deve reunir ainda Agüero, Mascherano, Higuain etc. E é aí que Lionel é maior que Pelé (e só aí, já que na bola não há comparação entre os dois).
Pelé jamais se insurgiu contra a CBF como poderia (e deveria). Maior nome da história do futebol mundial, querido mundialmente, um movimento liderado pelo camisa 10 teria efeito importante sobre os destinos do esporte no Brasil, em qualquer época. Entretanto, Pelé (Édson?) sempre alimentou uma relação ambígua com a cartolagem.
Durante os anos 90, viveu clima de guerra com o presidente da entidade Ricardo Teixeira, é verdade. Mesmo assim, crise detonada mais por questões comerciais (a CBF teria prejudicado o Rei em uma concorrência) do que por preocupações esportivas. Mais tarde, processado, Pelé chegou a negar qualquer diferença com Teixeira.
Depois, Pelé ainda serviu por diversas vezes a CBF de Teixeira. Em 2008, virou embaixador da Copa do Mundo do Brasil. Dois anos depois, garoto propaganda da Nestlé, dividiu espaço publicitário com o também patrocinador da seleção brasileira. Vale lembrar, em 2012, Teixeira renunciou ao cargo acusado de uma infinidade de irregularidades.
O Rei virou crítico novamente apenas no final do ano passado. Assinou um manifesto ao lado de 126 personalidades pedindo a renúncia de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF. Com mais de 40 anos fora dos gramados, é muito pouco pela importância que Pelé possui. Tomara que Messi, ainda na ativa, faça sem a bola nos pés muito mais pelo futebol argentino.
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