A melhor história sobre futebol dos últimos tempos vem de São Paulo. Num torneio masculino sub-13, a Copa Moleque Travesso, um time de meninas foi campeão! Sim, é isso mesmo. Sem competição para disputar na categoria, a equipe feminina do Centro Olímpico de São Paulo se inscreveu, foi aceita, e papou a taça.
Os detalhes estão descritos nesta matéria do UOL Esporte: “Time feminino conquista título contra garotos. Pais dos meninos não aceitam”. Material que integra um especial do portal, excelente, sobre a participação das mulheres em esportes considerados “masculinos”. #QueroTreinarEmPaz é a hashtag que batiza a edição.
O time do Centro Olímpico pôde contar com sete atletas de 14 anos, ou seja, idade acima do limite de 13 anos imposto aos meninos. Uma forma encontrada para equiparar as coisas do ponto de vista físico, a única diferença entre homens e mulheres dentro de um campo de futebol.
E aí, no duelo de técnica, tática, disposição, preparo psicológico, entre outros atributos, a mulherada levou a melhor. Elas venceram a semifinal por 3 a 1 e na decisão atropelaram o São Paulo Piloto por 3 a 0 – incontestável. Ao término, a campanha registrou três vitórias, duas derrotas e dois empates.
Mas é claro que ia ter choradeira. E teve principalmente dos pais dos garotos derrotados, inconformados por perderem para meninas. Chegaram a justificar dizendo que a molecada não chegou “junto” com medo de machucar as garotas. Preconceito puro. Ridículo.
Esse meninos contra meninas sempre foi uma discussão no ar, com algumas perguntas. Qual seria o desempenho da Marta, por exemplo, entre os homens? Ou, de uma forma geral, mulheres podem competir com os homens na bola? Se faltava alguma prova, não falta mais.
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