Fabiano Soares, técnico do Atlético, ficou mais uma vez irritado ao ser cobrado sobre as alterações que promove na equipe. Questionado, saiu com essa pérola: “Eu tenho que dar explicação a quem me contratou”, declarou, em entrevista coletiva no CT do Caju nesta terça-feira (17).
Bobagem porque em uma frase o treinador cometeu dois erros crassos. Primeiro, Soares pensa que ao conversar com a imprensa está tratando apenas com os veículos de comunicação. Não está, é óbvio. Fala com centenas de milhares de ouvintes, telespectadores, leitores.
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Depois, é ainda mais evidente que o técnico deve, sim, explicações não apenas à diretoria do clube. Mas, especialmente, aos mais de 1 milhão de torcedores do Rubro-Negro. Contingente que, aliás, é quem paga o salário de Soares, com as rendas que sustentam direta e indiretamente o clube.
Agora, por que o brasileiro/português fica tão incomodado com as perguntas sobre quem joga no Furacão? Por que reage mal ao ser confrontado sobre as idas e vindas de Felipe Gedoz? Ou por que Nikão ficou no banco e Pablo e Coutinho atuaram diante do São Paulo?
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Fácil responder. Porque não é Fabiano Soares quem decide, sozinho, tudo isso. No Atlético, o técnico tem função limitada. Gerencia a equipe junto com outros dois setores, o Departamento de Inteligência do Futebol (DIF), e a EXOS, empresa americana que cuida da parte física.
E aí, não me cabe nem discutir o que é certo ou errado. Faço mera constatação. E não entendo o motivo de o clube, afinal, não tratar disso abertamente. Seria mais sincero e evitaria aborrecimentos ao treinador, que ainda tenta se esquivar do que todo mundo já sabe.
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