Técnico Fabiano Soares do Atlético. Albari Rosa/Gazeta do Povo| Foto:

O Atlético vem de quatro vitórias seguidas no Brasileirão, entrou no G6, e ainda fez uma partida digna contra o Santos, na desclassificação da Libertadores. Já é a hora de dar o braço a torcer a Fabiano Soares, contratação tão questionada? Ainda não.

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A sequência de sucessos é importante, sem dúvida. Mas foi conquistada sobre adversários que, em tese, o Furacão teria mesmo de superar. Começou com o Vasco, um time, no máximo, mediano. Depois, veio o Avaí, um “rebaixável”, o Palmeiras reserva e, finalmente, o Bahia, outro meia-boca.

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Contribuíram também as chegadas de Fabrício, Lucas Fernandes, Pavez e a sequência de Guilherme. Nos últimos compromissos, o Furacão e Fabiano Soares ganharam opções para mexer no time. E conseguiu barrar atletas em fase horrorosa, como Pablo e Coutinho.

Como performance, o jogo mais significativo foi diante do Santos. Entretanto, embora tenha sido impressionante a dedicação do time, e a aplicação tática, o resultado foi de derrota. E ficou evidente o grave problema de finalização da equipe.

Para completar o cartel do até então completamente desconhecido Fabiano Soares, o insucesso contra o Grêmio na Copa do Brasil não dá para considerar. Só entra na estatística e nada mais. E o saldo final é positivo, mas, repetindo, ainda é cedo.

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Soares terá a partir de agora, aí sim, um desafio e tanto. Pega Grêmio e Flamengo, ambos fora de casa, e tem o Atletiba na Arena. Após os três duelos, teremos uma análise mais fiel da capacidade do meio brasileiro, meio português. E o técnico pode acabar aprovado mesmo com derrotas.

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Descendo do muro com Fabiano Soares

Vamos esperar, mas, até lá, dá pra pular do muro em algumas questões. Primeiro, a crítica quando da contratação de Soares foi absolutamente natural. Afinal, o atleticano tem currículo, tanto como jogador, quanto como técnico, inexpressivos. Normal a desconfiança, como o próprio reconheceu.

Também já é possível reconhecer outro ponto: a humildade do carioca. O Rubro-Negro fez questão de valorizar os certificados da UEFA de seu novo profissional. Fabiano Soares, por sua vez, evitou o salto. Disse que tudo isso “não vale de nada”, no sentido de que, mais do que os títulos, pesa o trabalho.

Por fim, a passagem do treinador só comprova como o cenário dos técnicos é pobre no Brasil. Mesmo um estranho pode chegar e se dar bem rapidamente. O nível geral é baixo, com raras exceções. Ou alguém acredita que Eduardo Baptista era tão melhor que Soares?

Daqui a três semanas voltamos a conversar. Enquanto isso, é certo que Fabiano Soares já desfruta de um novo status e a esperança do torcedor rubro-negro de um retorno à Libertadores. E ganhou também a minha simpatia. Resta confirmar.