Do ponto de vista técnico, a demissão de Cristóvão Borges é inquestionável. O treinador teve tempo, uma pré-temporada e um bom elenco para montar uma equipe para, ao menos, disputar o Paranaense com folga. Não conseguiu, perdeu o cargo.
Mesmo assim, lamento a queda do treinador no Atlético. Mas por outros motivos. O baiano é uma figura rara no futebol atual. Não faz cena à beira do gramado, não urra com os jogadores, não abusa do marketing pessoal, é tranquilo, cordial e simpático com todos.
Num cenário em que a regra é justamente o contrário de tudo isso, Cristóvão é importante.
Seria legal também ver um personagem identificado com o Rubro-Negro dar certo no clube. O ex-meia foi ídolo em tempos de extrema dificuldade na Baixada. Brilhar como técnico, em época de bonança, seria uma bela história.
Não deu nada certo.
Resta ao treinador reencontrar o rumo da carreira, desviado após o ótimo trabalho no Vasco. Potencial, Cristóvão tem. Desejo boa sorte.
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