O Brasileirão terminou. Chance para avaliar o desempenho das equipes na tabela. E um panorama interessante é verificar a pontuação pelo potencial financeiro de cada time para a longa disputa de 38 rodadas (veja tabela completa abaixo).
Para tanto, nada melhor como parâmetro do que as cotas distribuídas pela Globo, emissora que detém os direitos de transmissão do Nacional. É a principal fonte de renda das equipes e as demais, como patrocínios etc, acompanham mais ou menos as diferenças da grana de tevê.
Assim, basta dividir o montante recebido da Globo pelo número de pontos conquistados na tabela do Brasileirão. Quanto maior o número alcançado, maior o “custo” de cada vitória ou empate da equipe até então. É possível ver quem faz mais, com menos.
De acordo com essa análise, o Atlético ganha algum destaque. Afinal, recebe pouco dinheiro da Globo (R$ 35 milhões), na comparação com os demais, e realizou campanha razoável. O Furacão ficou em 11º no Nacional e, no custo por ponto, foi o quinto que melhor usou seu dinheiro.
O grande destaque é a Chapecoense. Mesmo diante da tragédia do ano passado, a Chape deu aula de gestão. Foi o terceiro time com o melhor custo-benefício e, neste caso, a conta foi efetiva, afinal, a equipe terminou com uma vaga na Libertadores.
O Avaí foi o mais econômico. Foi o que menos “gastou”, com cerca de R$ 530 mil por ponto. Entretanto, neste caso, de nada adiantou, afinal, os catarinenses acabaram rebaixados, ao lado de Ponte Preta e Atlético-GO, outros dois “bons gastadores”.
Análise que, claro, pode ser feita por outro prisma. As contas mostram como é desleal a disputa entre os clubes, alguns com grande poderio financeiro, outros com pequeno. E que a tendência é quem ganha pouco terminar por baixo mesmo.
No fim das contas, quem gastou mais por ponto foi o Flamengo (R$ 3,04 milhões), seguido do campeão Corinthians, que torrou R$ 2,36 milhões por cada ponto na tabela. No caso do Timão, pelo menos, todo esse “gasto” rendeu mais uma taça nacional.