Na condição de atleta profissional de futebol, Getterson vacilou ao chamar o São Paulo de “bambi”. Boleiros devem evitar revelar suas preferências por uma questão de cautela, no mínimo. Da mesma forma, o Tricolor erra ao demitir o jogador por esse motivo.
O clube perde uma ótima chance de ser exemplo de maturidade e profissionalismo. Mostrar que o apelido “bambi” não passa de uma bobagem dos rivais. E que jogador do São Paulo mostra valor dentro de campo, seja lá a besteira que tenha dito nas redes sociais.
E se tivesse sido assim, Getterson pediria desculpas publicamente e arcaria com as consequências do ato (em 2012) na relação com os tricolores. A galera ia pegar no pé, sem dúvida. Mas nada que três partidas bem jogadas e dois gols não deixasse tudo para trás.
Atacante de times pequenos – exceto pela passagem pelo Coritiba, em 2011 – tenho certeza que não faltaria vontade da parte do paranaense para resolver essa chateação. E se não desse certo, beleza, ao final da temporada Getterson voltaria para o Jota e seguiria a vida.
No entanto, o São Paulo toma o caminho mais fácil em dispensar o jogador após a histeria nas redes sociais. E mostra que ser chamado de “bambi” machuca demais, mesmo numa situação banal e até ingênua como a de Getterson.
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