Um ano depois de vetada, a grama sintética do Atlético está liberada. Em congresso técnico na CBF nesta segunda-feira (5), no Rio de Janeiro, o recurso do rubro-negro recebeu o ok dos 20 clubes que vão participar do Brasileiro em 2018.
A medida tomada foi correta. Defendi a utilização do piso artificial aqui no blog algumas vezes. Agora, mais uma vez, a decisão expõs como são tomadas as decisões em boa parte dos clubes brasileiros: na base da “orelhada”.
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No ano passado, 15 dos 20 clubes do Nacional foram contrários. Foram eles: Corinthians, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Flamengo, Vasco, Chapecoense, Atlético-MG, Botafogo, São Paulo, Fluminense, Vitória, Avaí, Ponte Preta e Atlético-GO.
Dos 15 citados acima, exceto pelos rebaixados Avaí, Ponte Preta e Atlético-GO, os outros 12 decidiram de forma oposta um ano mais tarde. E o que mudou do ano passado para cá? Absolutamente nada. A grama é a mesma, foi, no máximo, penteada no período.
O que aconteceu em 2017 foi que os clubes embarcaram na onda do bufão Eurico Miranda, então presidente do Vasco, e de um suposto benefício que o Atlético teria com a grama, por causa da excelente campanha do ano anterior. E só nisso.
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Não houve, certamente, nenhum estudo mais aprofundado sobre o tema. Opinião de especialistas, o aval dado pela Fifa para o recurso etc. Não foi sequer considerada a análise dos jogadores que, na maioria, consideram o campo da Arena de bom nível.
A única diferença desde então, de fato, foi que o Rubro-Negro realizou campanha medíocre em seus domínios em 2017. O que bastou para que os clubes cogitassem: “Bem, talvez o piso não beneficie tanto assim”. O que também é um equívoco, afinal, há muito mais para se discutir.
Enfim, os dirigentes fizeram, pela enésima vez, papel de tontos. Pelo menos desta vez foi por uma boa causa. Mas, você sabe, ano que vem tudo pode mudar.
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