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Guga, o labrador humano, é o único atleta-comentarista que dá para aturar

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Os principais canais de tevê brasileiros que estão transmitindo a Rio-2016 apostaram em ex-atletas como comentaristas. É uma forma de atrair a audiência com nomes conhecidos do público e, de quebra, tentar aproveitar o conhecimento deles sobre as modalidades.

O problema é que a imensa maioria não consegue transpor para as análises a experiência vivida como esportista. Invariavelmente, eles comentam o óbvio, algo que qualquer um percebe. E torcem, mas torcem muito, pelo Brasil. Tanto que até atrapalha.

Foi o caso da transmissão da desclassificação do Brasil para a China, no vôlei feminino. O ex-jogador Tande antecipava a narração dos pontos por Luis Roberto vibrando, e gritando, nos microfones. O duelo que já estava tenso ficou insuportável de assistir na Globo.

O caso de Gustavo Kuerten é diferente. O ex-tenista entrou para o time de Galvão Bueno na Olimpíada e está “comentando” até boxe. Como os demais ex-atletas, o catarinense não acrescenta quase nada. Mas vence pelo carisma e a alegria genuína, como um labrador humano (apelido que Guga, claro, adorou).

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