O caso de Luciano Cabral (ao centro, na foto), meia do Atlético, é exemplar da gangorra que é o esporte. De promessa revelada pelo Argentino Juniors, o mesmo que lançou Diego Maradona, contratado com destaque por uma equipe da elite do futebol brasileiro, o jogador enfrenta hoje o inferno.
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A última notícia sobre o argentino naturalizado chileno foi a foto dentro do presídio, em General Alverar, na província de Mendoza. Publicada no Facebook, a imagem mostra Cabral bem à vontade ao lado de companheiros de clausura (você recusaria uma selfie na cadeia?).
Sem quase ter tido chance de mostrar seu futebol no Brasil, Cabral acabou envolvido no assassinato de Joan Villegas, no dia 1º de janeiro. Até que as investigações se encerrem, e a participação do meia seja comprovada ou descartada, o jogador é inocente.
O prazo para a apuração do caso se encerra nesta semana e as audiências devem ser iniciadas em breve. Enquanto isso, o advogado do atleticano, Gustavo Nedic, ainda busca livrar Cabral da penitenciária.
Antes mesmo do desfecho, porém, é possível afirmar. Cabral está com os dois pés na lista daqueles jogadores que poderiam ter sido alguma coisa e, por motivos diversos, ficaram pelo caminho. Caso se livre da prisão, o desafio será, antes de voltar aos gramados, recuperar a vida aqui fora.
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