Como toda grande competição, a Libertadores criou mitos ao longo de sua história. O principal deles, de que os jogos são disputados em “clima de Libertadores” e que para faturar a Copa é preciso “dar porrada”.
Papo que rendeu até, no máximo, o final dos anos 80. Até então, de fato, era importante alguma dose de maloqueiragem para triunfar. Mas, de lá pra cá, a taça, e uma passagem para o Mundial, são conquistadas, fundamentalmente, com bom futebol.
O último campeão da Libertadores, o Atlético Nacional, é um exemplo acabado. Dono de futebol refinadíssimo, de toque de bola, moderno e ofensivo, o time colombiano ainda conquistou a todos com o gesto de solidariedade na tragédia da Chapecoense.
Vários outros campeões seguiram a mesma linha. Caso de boa parte dos brasileiros bem sucedidos na mais difícil competição das Américas. São Paulo dos anos 90, Santos mais recentemente, entre outros exemplos.
Ou seja, o Atlético, nosso representante na disputa, e seu torcedor, não podem cair nessa de “jogo brigado”. De que os times sul-americanos são extremamente “catimbeiros” etc. É o caminho para o fracasso. “Hay que tener huveos”, como eles dizem, mas não só
O Furacão vai precisar jogar bola e o time tem potencial, fez boas contratações, tem jogadores interessantes. Mas, pelo que apresentou diante do Peñarol, no amistoso, o Rubro-Negro ainda precisar melhorar bastante tecnicamente para ir longe.