Atlético e Coritiba acertaram para transmitir pela internet o Atletiba deste domingo (19), na Arena. É uma boa iniciativa. Segue uma tendência mundial de os clubes possuírem canais próprios de TV para explorar ainda mais conteúdo e marca. Ótimo.
Agora, há uma certa ingenuidade por parte de alguns torcedores. Como se o clássico pela web fosse uma tacada interessante da dupla para “atingir” o poder das TVs. Não é. Os clubes não estão tratando dessa maneira. E nem teria como ser.
As equipes ainda dependem do dinheiro da TV pela cessão dos direitos de transmissão. É uma relação que está diminuindo, especialmente entre os gigantes europeus, e que precisa diminuir. Mas é um movimento lento.
Os balanços de Atlético e Coritiba comprovam a dependência. Em 2015, o Furacão obteve R$ 30,7 milhões da TV, R$ 25 milhões de sócios e R$ 59 milhões em transferências de atletas. O Coxa teve R$ 34,7 milhões da TV, R$ 23 milhões de sócios e R$ 2,5 milhões em vendas de atletas.
Fica evidente como é um montante importante. Basta ver ainda como os dois clubes celebraram os novos acordos de transmissão em canal fechado com o Esporte Interativo. Só de luvas foram R$ 40 milhões pelo Brasileiro de 2019 a 2024. Não foram revelados quanto será pago pelos direitos.
O que os canais de TV oferecem aos clubes é grana preta. Não tem como dispensar. E nenhuma transmissão via web vai conseguir rivalizar, por mais cotas de patrocínio e publicidade que sejam vendidas. Pelo menos por enquanto.
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