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O Atlético sair da Libertadores não é o fim do mundo, mas é quase

Hugo Harada - Enviado Especial/Gazeta do Povo (Foto: )
Hugo Harada - Enviado Especial/Gazeta do Povo

Hugo Harada – Enviado Especial/Gazeta do Povo

O técnico Paulo Autuori fez questão de assumir a responsabilidade por uma eventual desclassificação do Atlético diante do Millonarios, nesta quarta-feira (8), na Colômbia, pela Libertadores da América. Com o pullover pendurado no pescoço, foi sério e pragmático, como é do feitio dele.

“É minha responsabilidade qualquer resultado que não seja a classificação”, declarou o treinador, em Bogotá. Antes, após o empate pelo Paranaense contra o PSTC, disse: “Então sem euforia se você passar e tão pouco sofrer traumas se for eliminado”.

Autuori está na dele. E, convenhamos, alertou apenas para o óbvio. Reverbera ainda algo que, certamente, está povoando a mente da diretoria atleticana. Todos estão se protegendo de cobranças da torcida, o que é natural.

Pode ter sido também um recurso para tirar a pressão sobre o grupo atleticano. Do tipo: “joguem à vontade, não se preocupem, qualquer coisa, a culpa é minha”. É possível. Mesmo assim, soou estranho.

O discurso está notadamente desequilibrado. Também é evidente que a expectativa dos rubro-negros é gigantesca por uma classificação, pelo menos, para a fase de grupos. Ou seja, deixar prematuramente a disputa será, sim, um trauma – quer Autuori queira ou não.

O Furacão foi muito mal na participação anterior, em 2014. Com justificativa. Estava fora da Baixada, envolvido com a Copa do Mundo. Agora não, o clube chega “inteiro”. Com a Arena pronta e contratações para a competição.

Avançar também é um passo importante para valorizar a campanha do Brasileiro anterior – o que não ocorreu após o 3º lugar em 2013. Foram 38 rodadas de desgaste para alcançar a Copa, torneio mais importante do continente.

De fato, a temporada não acaba com o Furacão fora da Libertadores, ainda há o Paranaense, Copa do Brasil e Brasileiro. No entanto, não dá para pensar também que voltar de Bogotá sem a vaga vai deixar “tudo bem”.

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