A Conmebol anunciou algumas mudanças na Libertadores. Já a partir de 2017, a competição será mais longa, terá 42 semanas e não mais 27. Há também a possibilidade de aumento no número de participantes.
Outra mudança, em discussão, é a alteração no formato da finalíssima. A taça seria decidida em jogo único, em campo neutro, uma cópia da Champions League. Ou seja, acabariam as duas partidas, com mandos invertidos.
De acordo com Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, jogar o segundo confronto em casa é uma vantagem. E o cartola “justifica” dizendo que de 10 finais de Libertadores sete foram vencidas pelo mandante do duelo derradeiro.
É claro que é só jogo de cena. Você sabe, a única verdade para os cartolas é o dinheiro. Não se importam com a identidade e a história das competições, com “justiça técnica”, nem com os clubes e, muito menos, com os torcedores.
O que a Conmebol quer mesmo é repetir o “espetáculo” altamente rentável da final da Champions League. De audiência televisiva absurda com um estádio lotado por torcedores de ocasião e curiosos agraciados por jabás de patrocinadores.
Os apaixonados pelos dois clubes, que acompanham a trajetória das equipes desde sempre, ficam de fora. No maior momento da história do time do coração, logo quando podem influenciar no resultado, no grito, no apoio, torcem no sofá de casa.
No mais, é sempre bom lembrar quem são os cartolas que têm o poder sobre o destino de disputas e agremiações centenárias. Os últimos três presidentes da Conmebol estão… na cadeia! Nicolás Leoz, Eugenio Figueiredo e Juan Angel Napout.
O último, Napout, aliás, era muito próximo do atual, Dominguez. Caiu em cana acusado de meter no bolso propinas milionárias em negociações de vendas de direitos de transmissão de disputas de futebol na América Latina. Que coisa, não?
É esse tipo de gente que quer impor o que é certo e errado, melhor e pior, para o seu clube.