A Justiça do Trabalho determinou que o presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, atue como “administrador-depositário” do processo que penhorou 20% das receitas do clube para pagamento de execuções trabalhistas. O nomeação faz parte do “ato trabalhista”, acordo celebrado entre clube e Justiça.
Eleito em setembro de 2015, Oliveira tomou posse em dezembro do mesmo ano e tem mandato até o fim de 2018. Diante disso, caso não seja reeleito para o cargo no Tricolor, pode permanecer como responsável pelas contas do clube até que se encerre o plano de quitações dos débitos ou seja substituído na função.
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Entretanto, Oliveira terá de agir dentro de um plano pré-estabelecido de gestão financeira, que deverá ser homologado em juízo, considerando todas as atividades de rotina do clube, tais como contratação de atletas, dispensa de treinadores, empregados e prestadores de serviço, entre outras.
O último balanço financeiro publicado pelo Tricolor, relativo ao exercício de 2016, estimou R$ 42,2 milhões, na projeção negativa, a serem pagos na Justiça do Trabalho, valor que agora será quitado em parcelas mensais, de acordo com as exigências do Ato Trabalhista, ainda sem previsão de conclusão.
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A Justiça do Trabalho determinou que o Tricolor terá de abrir uma conta judicial na Caixa Econômica Federal, no Fórum Trabalhista, para a administração de receitas e despesas, e terá de prestar contas mensalmente, sempre até o dia 15 de cada mês, com início em janeiro de 2018.
A reportagem procurou Leonardo Oliveira para tratar do assunto. Entretanto, o cartola não quis se manifestar. O presidente pretende, antes de conversar com a imprensa, discutir o tema com os conselhos do Tricolor.