Fim de primeiro tempo na Arena, Santos 2 a 0 no Atlético. Mais um resultado ruim no estádio em 2017 que, naturalmente, deixa a torcida irritada. Eis que surge no telão um vídeo, com trilha sonora romântica. É um pedido de casamento que dura quase cinco minutos e provoca irritação geral e até vaias na arquibancada do estádio.
Nada contra o vídeo, contra o casal, contra pedidos de casamento ou mesmo contra músicas extremamente melosas. Ao contrário, boa sorte ao casal, que continue celebrando o amor. Agora, o episódio mostra, pela enésima vez, como a Baixada tornou-se a arena com menos atmosfera de futebol do Brasil.
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Evidentemente, não era o momento. Assim como, pouco antes da bola rolar, não é o caso de “câmera do beijo” ou qualquer coisa do tipo. Vale o mesmo para “animador de torcida”, entre outras “novidades” importadas dos Estados Unidos, onde o esporte é consumido de uma forma completamente diferente. No pré-jogo, o estádio precisa pulsar no ritmo da torcida.
De quem é a culpa?
Culpa da diretoria do clube que, abertamente, tenta transformar o que outrora ficou conhecido como Caldeirão do Diabo num ginásio de NBA qualquer. É o conceito de “entretenimento para família”. Nada contra o conforto, nada contra a segurança, tudo isso é ótimo. O problema é o cenário, antes o mais temido do país, virar um parque de diversões.
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