O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, sentou com integrantes da torcida Os Fanáticos para conversar sobre o atual momento entre clube e a organizada. A reunião ocorreu na quarta-feira da semana passada, na Arena da Baixada.
Além de Petraglia, estiveram por parte da diretoria do Furacão o presidente do clube, Luiz Sallim Emed, o vice-presidente Márcio Lara, além do diretor de marketing Mauro Holzmann. A organizada foi representada por três integrantes.
LEIA MAIS: Tudo pra você entender a briga que envolve Atlético, Petraglia e a Os Fanáticos
Foi uma conversa rápida. As duas partes estão rompidas desde o ano passado, após o incidente no duelo com o Grêmio, pela Copa do Brasil. A partir daquele momento, ficou proibida a entrada de qualquer adereço de torcida organizada na Baixada.
No encontro, Petraglia afirmou que os conselheiros do clube não desejam o retorno da Fanáticos, ou qualquer outra organização, aos jogos do Atlético. Entretanto, são unânimes na avaliação de que o estádio precisa recuperar o “clima de festa”. Embora sem nenhum acerto entre as partes, a Fanáticos pretende ouvir os seus associados sobre quais posições deve tomar daqui em diante sobre o assunto. Também no ano passado, a facção decidiu não mais frequentar as partidas no Joaquim Américo.
O Atlético segue com um estudo para transferir para o setor Getúlio Vargas Superior o local destinado para movimentações de torcidas organizadas. Entretanto, o clube não abre mão do controle da manifestação, como uma tentativa de criar uma facção “oficial”.
LEIA MAIS: Atlético culpa torcida por Arena vazia. E a fuga dos sócios, clube explicará?
Basicamente, as torcidas organizadas que se disporem a frequentar o local não poderão ter nenhuma marca própria – ou seja, a caveira, que é símbolo da Os Fanáticos, seguiria proibida. Quanto aos demais adereços, o clube não tomou uma posição ainda.
Diretores do Furacão acreditam que marcas de torcidas concorrem com as do clube. A Fanáticos já propôs pagar parte dos royalties de seus produtos ao Atlético. Entretanto, a sugestão não foi aceita. Além disso, há no Rubro-Negro quem acredite que a caveira provoca medo no público infantil.
Diante de tal cenário, a chance de uma aproximação é remota. Seria um reencontro entre a diretoria do Atlético e a Os Fanáticos que, no final de 2015, foram aliados nas eleições do clube. Parceria que também marcou as eleições anteriores, em 2011.
LEIA MAIS: Atlético mirou nos Fanáticos, mas acertou nos atleticanos mais pobres
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad