Mario Celso Petraglia concedeu entrevista coletiva nesta tarde. Em oportunidade rara de contato com a imprensa, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético falou muito e respondeu pouco. Exaltou o “projeto”, a Arena Fifa, citou Tiradentes, a presidente Dilma, além dos chavões de sempre.
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A coletiva foi absolutamente vazia, apesar da longuíssima duração de quase duas horas. Nem sobre as saídas do goleiro Weverton e do gestor técnico Paulo Autuori foi possível obter respostas. Luiz Sallim Emed, presidente do clube, que quase não falou, indicou que é assunto para a próxima segunda (4).
E em determinado momento, Petraglia citou o texto que escrevi na terça (28), com sugestões de perguntas para o encontro. Falou que as questões são infantis, maldosas, burras, subliminares, e que eu deveria pesquisar no Mr. Google. Não respondeu nenhuma (segue o link do texto).
Foram 35 perguntas. Ou seja, bastante conteúdo. Tanto que eu até entendo que não tenha gostado de algumas, ou que outras sejam “batidas”. Mas nenhuma serviu? Enfim, os leitores podem acessar e tirar suas próprias conclusões sobre o questionário.
Petraglia acusou ainda que estou “a serviço da oposição” ou “sei lá o time que ele torce” para “destruir um dos maiores e melhores projetos de futebol que tem no mundo”. Evidentemente, não tenho esse poder. Nem quero destruir nada. Ao contrário, torço pelo sucesso dos nossos clubes.
O cartola aproveitou também para detonar a imprensa de uma forma geral. Nenhuma novidade. Declarou que a imprensa de fora “apoia” os clubes locais. E que sente “vergonha” dos jornalistas paranaenses na comparação com os demais.
Obviamente, é uma ilusão. Felizmente, há jornalismo esportivo crítico de sobra pelo Brasil – atenção, é jornalismo, não publicidade. Curiosamente, da outra vez que reagiu assim, Petraglia saiu em defesa de Jérôme Valcke, depois suspenso pela Fifa acusado de desviar verba de ingressos da Copa.
No fim das contas, uma pena que tenha sido assim. Fui acompanhar as redes sociais do clube, ou seja, as oficiais, e os atleticanos não parecem contentes com o atual estágio do Furacão. Aparentemente, querem respostas. Quem sabe, numa próxima vez.
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