O torcedor do Atlético ficou incomodado com a quebra do recorde de público da Arena pelo Paraná. Normal, seria estranho se não fosse assim. E há uma disposição, pelo menos por parte da torcida, de quebrar a marca o quanto antes.
A esperança rubro-negra, entretanto, tem um inimigo: os sócios do Atlético. Sim, neste caso o problema está dentro da Arena da Baixada – ou melhor, fora. São os sócios que pagam por uma cadeira e não vão aos jogos da equipe. Sem o grupo, jamais será possível quebrar o recorde.
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Número que é suficiente para impedir qualquer tentativa de quebra de recorde por parte do Furacão em sua própria casa. Em junho, o clube comemorou a marca de 25 mil sócios, mas tem neste Brasileiro uma média de comparecimento dos associados de somente 12.821.
Média que chegou a 13.500 pessoas antes da implementação da biometria e que alcança 10.557 após o cadastro para acesso ao estádio. Ou seja, considerando que o Rubro-Negro tem hoje 20 mil sócios, chutando baixo, faltam em média 9 mil por partida. Ou seja, há uma “reserva” de quase 10 mil cadeiras vazias.
E a partir desses números, é matemática básica. Cabem na Arena, de acordo com o Atlético, 43 mil pessoas. Se há uma média de sócio “faltante” de 9 mil, logo, o Furacão só consegue colocar, em condições normais, 34 mil pessoas – o recorde paranista é de 39.414.
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Alguém pode argumentar, com certa dose da razão: em jogo grande todo mundo vai querer ir! Faz sentido, mas, mesmo assim, um recorde atleticano com o atual formato de sócios parece improvável. Basta voltar ao histórico.
No maior comparecimento de público em jogo do Furacão na Arena, Atlético e Flamengo, ano passado, as catracas registraram 35.396 pagantes e 38.020 no total. E, mesmo diante da marca expressiva, a presença dos sócios foi pequena: 16.123. Pouco acima da média do Brasileirão 2017.
Por que os sócios do Atlético não vão aos jogos?
É uma pergunta difícil de responder. Mas a média baixa (12.821) mostra como o plano de Sócio Furacão está defasado. Além de ficar cada vez mais longe do sonho dos 40 mil associados, não consegue convencer os atuais a ir a todos os jogos.
Uma mexida importante foi prometida pela chapa vencedora da última eleição, a CAPGigante, de Mario Celso Petraglia e Luiz Sallim Emed. Um recurso que o sócio poderia avisar que não iria ao jogo e, assim, o clube disponibilizaria a cadeira para a venda, com proventos para ambos.
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Ficou só na conversa. O Atlético fez justamente o contrário. Ao invés de ampliar os benefícios dos sócios, restringiu-os. Com a implementação da biometria, o clube limitou a possibilidade de empréstimo da cadeira pelos associados.
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