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Robinho em ação contra o Atlético-PR, na Arena. Albari Rosa/Gazeta do Povo
Robinho em ação contra o Atlético-PR, na Arena. Albari Rosa/Gazeta do Povo| Foto:

Robinho encerrou o ciclo no Atlético-MG, clube que o repatriou após passagem pela China. Na segunda-feira (1°), o atacante de 33 anos escreveu uma carta de agradecimento ao clube e torcedores. E não deu pistas sobre o futuro na temporada 2018.

O Santos, equipe que revelou o atleta e porto seguro no Brasil, estuda a contratação. Entretanto, há um outro, e polêmico, componente na conversa: a condenação de Robinho na Itália a nove anos de prisão por estupro cometido em 2013 – cabe recurso.

E aí, eu pergunto: tal situação deve ou não interferir na carreira de Robinho? Não consigo articular uma resposta definitiva, faço apenas um convite à reflexão (ainda há tempo para pensar?): você aceitaria o jogador envergando a camisa do seu time do coração?

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Torcedoras do Galo protestaram, após a divulgação da notícia, no final de novembro. Em dezembro, o grupo denominado Feministas do Galo estendeu uma faixa em frente à sede do clube com os dizeres: “um condenado por estupro jogando no Galo é uma violência contra todas as mulheres”.

As atleticanas criticaram também o silêncio do clube, que preferiu não se manifestar sobre o assunto, por considerar de ordem pessoal do atleta. “Galo, seu silêncio é violento”, disseram as torcedoras. O clube seguiu sem comentar a condenação pela justiça italiana.

Quem também entrou na discussão foi Walter Casagrande. Na última sexta-feira (29), o ex-jogador e comentarista da Globo declarou que Robinho não deveria ter mais mercado no Brasil, como já não tem na Europa, em virtude do caso.

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“Se o Robinho não tem mercado no exterior por estar condenado por estupro, não deveria ter aqui, também. Não se pode aceitar aqui alguém que é condenado por estupro. Está na hora de o Brasil ter valores melhores”, comentou Casagrande.

O posicionamento do comentarista provocou alvoroço nas redes sociais, como era de se esperar. Houve quem relativizou a situação do estupro, quem tenha desconfiado da Justiça na Itália e, também, quem disse que não quer Robinho no time de forma alguma.

Da minha parte, para não levantar o tema e dar uma de “isentão”, como dizem por aí, prefiro não falar em fim da carreira de Robinho, se o atleta deve ou não ainda ter espaço no futebol. De certo que, no meu time, não gostaria que o atacante jogasse.

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