Não sei se é sinceridade ou falta de vergonha. Talvez os dois. Em todo o caso, foi curiosa a declaração de Valdívia, do Internacional. Após a vitória sobre o Coritiba, por 1 a 0, o cabeludo explicou o lance do pênalti que definiu a partida.
“Foi (pênalti). Eu ia cabecear, mas como eu vi que a bola ia passar, aí o cara deu a carga em cima e me joguei”, confessou Valdívia, personagem raro entre os boleiros brasileiros. O Sportv tem o comentário do jogador, assista.
Esse tipo de lance acontece em todos os jogos. E todos os times já foram prejudicados e beneficiados – ninguém pode reclamar – por aquilo que se chama de “malandragem”, um eufemismo para a “arte” de roubar o jogo.
O lance específico não foi nada. Não teve pênalti. O Inter levou três pontos, importantíssimos na luta contra o descenso, com algo que simplesmente não aconteceu. E o Coxa foi prejudicado no mesmo sentido.
Luccas Claro encosta em Valdívia. Mas no futebol pode encostar. Existiu o “toque”, como gostam de falar os chatos “comentaristas de arbitragem”. Mas não foi o contato que derrubou o colorado.
A “carga”, como o meia-atacante diz, não foi forte o suficiente para leva-lo ao chão. Ele só caiu porque se jogou. E o árbitro, André Luiz de Castro, sem a melhor visão da jogada, ruim tecnicamente, ou no melhor estilo “caseiro”, quem sabe, apontou para a marca fatal.
Ao fim de tudo, uma aula de como comprometer um jogo de futebol. E uma confissão notável de Valdívia.
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Após a publicação deste post, o Coritiba se manifestou sobre o assunto em nota oficial:
“Nossa preocupação em campo agora é a partida diante do Figueirense. Sobre o jogo de ontem, as decisões do árbitro foram tomadas e o jogo encerrou com o apito final. As declarações do atleta do Inter são públicas, tomaremos as providências e caberá às autoridades avaliarem a situação. Lamentamos que o atleta não adotou esta postura ainda na partida, logo após o lance, a tempo de alertar e não induzir a erro o árbitro”.
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