Parece absurdo, mas num momento de consternação geral por causa da tragédia da Chapecoense, há quem esteja fazendo papelão. Por motivos diversos, mas sempre com a mesma falta de sensibilidade.
A começar por Michel Temer. O presidente do Brasil não deve ir ao velório na Arena Condá, neste sábado (3). O motivo? Está com receio de ser vaiado. Deve participar apenas de uma cerimônia no aeroporto de Chapecó, na chegada dos corpos.
Uma desgraça que comoveu o mundo e despertou solidariedade em todos os cantos do planeta. Dos 71 mortos na queda do avião, 68 eram brasileiros. E o presidente do Brasil está preocupado com a própria imagem.
Ao saber da dúvida de Temer, o pai do zagueiro Filipe, morto no acidente, ficou revoltado: “Eu não vou até lá. Pra dizer que sou pai do Filipe e ganhar o abraço dele? Então, ele que tenha vergonha na cara e venha aqui [na Arena Condá]”.
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também está mais interessado em outras questões. O cartolão não foi até a Colômbia, para cuidar do caso e representar o futebol brasileiro, na condição de autoridade máxima.
A ausência de Del Nero é, digamos, compreensível. Afinal, o sucessor de José Maria Marin, em cana nos Estados Unidos, não sai do país com medo de também acabar enquadrado pelo FBI, a polícia federal americana.
Mas não ficou por aí. A CBF, dirigida por Del Nero, intimou a Chapecoense a jogar contra o Atlético-MG na última rodada. Segundo diretor da Chape, a entidade quer que o clube organize uma grande “festa” de despedida.
Considerando que o Colorado está na zona de descenso, o cancelamento da última rodada implicaria na degola do clube, certo? Sobre essa situação, os cartolas do Inter disseram que “não é bem assim”, “vamos discutir”. Interessante.
O diretor do clube, Fernando Carvalho, declarou também que o Inter estava sendo prejudicado com o adiamento da rodada do Nacional, porque o clube também tinha sua “tragédia pessoal, que é fugir do rebaixamento. Lamentável.
Por fim, a página Catraca Livre, no Facebook, surgiu como grande vilã para os internautas no dia seguinte ao acidente na Colômbia. Despertou revolta com postagens do tipo “10 fotos de pessoas em seu último dia de vida”, com uma seleção de registros dos jogadores da Chape no avião, entre outras.
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