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Participar de um evento com esse nível de organização, cuja principal marca do evento é o MIT e no qual organizadores e realizadores do evento uniram palestrantes, debatedores, empreendedores e pesquisadores de tão alto nível, foi no mínimo, muito enriquecedor. Se unirmos a isso a oportunidade de ter sido um dos avaliadores da edição Brasileira do Prêmio – MIT Inovadores abaixo de 35 anos, então nem se fala.

Foram várias apresentações muito interessantes sobre diferentes tendências em diversos campos e tecnologias, apresentando contornos muito interessantes que estão e irão criar o futuro próximo. Esses desenvolvimentos devem gerar desdobramentos ainda mais significativos, pavimentando o caminho para modelos de negócios com abordagens distintas e perfis de empresas, empreendedores e pesquisadores cada vez mais inovadores, deixando claro que a inovação é o vetor que unia a todos no evento.

Não me refiro a melhorias incrementais que se restringem a adoção de métodos, processos ou tecnologias já disponíveis há algumas décadas em outros mercados, os quais estão sendo  descobertas ou implementadas apenas agora pelas empresas brasileiras, até porque esse tipo de “investimento” apenas tem o poder de diminuir a distância nas taxas de competitividade de nossas empresas quando comparadas a empresas em mercados mais maduros, nada contribuindo com a taxa de aceleração na geração de valor da empresa – valuation, decorrente de suas capacidades dinâmicas aplicadas na criação de vantagens competitivas singulares (inovação) que as permita competir globalmente.

Na verdade, me refiro a uma nova leva de empreendedores e empresários brasileiros cuja orientação está em solucionar problemas de forma inovadora, aplicando a capacidade de criar e/ou desenvolver inovações que gerem vantagens competitivas únicas e, portanto, valor para sociedade, para a empresa e todos os seus stakeholders.

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Esse novo perfil de empreendedor, tem em seu DNA traços já vistos na história do Brasil em figuras como o Barão de Mauá, Silvio Santos, em famílias como a Gerdau, Matarazzo, Setubal e tantas outras famílias em diversas regiões que começaram negócios pequenos e os desenvolveram até se tornarem grandes empresas. Sem dúvida muitos podem até dizer que esses empresários e essas famílias foram beneficiados por políticos, Governos, etc, possivelmente esse pode ser o caso de alguns ou até de vários, mas o fato é que começaram pequenos e sozinhos, implantando suas empresas em condições nada hospitaleiras e perseveraram, alguns quebraram por diferentes motivos, outros ainda existem e alguns são um sucesso retumbante.

Os tempos mudaram, muitos desses grupos empresariais mudaram de mãos ou passaram para as próximas gerações, sem necessariamente ter mantido o espírito empreendedor da geração que iniciou a história. Contudo, o que gostaria de destacar e que pude ver na maioria dos empreendedores que se apresentaram ou que estavam assistindo, foi uma preocupação muito grande com o legado, demonstrando maior interesse pelo propósito do que pelo resultado financeiro.

Nesse sentido é que gostaria de focar minha conclusão, o que pude constatar a respeito da tecnologia e da inovação na EmTech Brasil 2015 foi o surgimento de um novo perfil de empreendedores e empresários brasileiros, os quais certamente preocupam-se em construir resultados mas cujos propósitos tem muito mais a ver com o legado do que com o resultados, cujas empresas tem um modelo mental muito mais Schumpeteriano, onde inovação e tecnologia são intrínsicas a atividade empresarial e motores do seu desenvolvimento, empresas cujas capacidades dinâmicas são cultivadas pelos seus fundadores e fazem parte de suas culturas empresariais, onde os produtos e serviços precisam agregar valor na vida de seus usuários resolvendo problemas reais e não apenas em razão de um marketing bem feito, empresas que se importam e que não estão preocupadas em serem protegidas da concorrência pelo Governo ou de terem benefícios fiscais para investirem em inovação, mas sim de pedirem para que os agentes públicos apenas parem de atrapalhar e dêem espaço para que possamos ver o florescer de uma nova geração de empreendedores e empresários.

É possível que outros participantes tenham enxergado o evento de forma distinta da minha, mas para mim a conclusão reforçou uma tese na qual venha investindo a alguns anos, tudo que precisamos no Brasil para promover mudanças e um projeto de nação é de um novo modelo mental para nossa sociedade. Menos mi mi mi e mais ação, menos tutela e “proteção”, um Governo muito menos pesado e mais eficiente, menos corrupção e mais valores, mais ética e transparência, menos sobrepreços e mais eficiência, menos conversa e mais ação, ação e ação!!

Aproveito para desejar-lhes um 2016 muito abençoado e que possamos construir juntos o Brasil que queremos ser!!

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