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A Academia Brasileira da Letras (ABL) dará posse, nesta quinta-feira (13), à segunda mulher a ocupar a sua presidência nos 115 anos da instituição. Será a escritora carioca Ana Maria Machado, autora de clássicos infanto-juvenis inesquecíveis como ‘Bisa Bia, Bisa Bel’ e ‘Raul da ferrugem azul’. Ela foi eleita no último dia 6.

A primeir mulher a ocupar o cargo mais importante da ABL foi a também carioca Nélida Piñon, de 1996 a 1997. A eleição pioneira ocorreu 99 anos depois da criação da ABL, em 1897, quando a presidência foi ocupada pelo grande Machado de Assis. Ana foi eleita 15 anos depois de Nélida terminar seu mandato.

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A falta de mulheres à frente da instituição é absurda, já que escritoras talentosas é que não faltam no país. Mesmo a composição da academia não é muito paritária – dos 40 membros, apenas 4 são mulheres: a nova e a ex-presidente, a escritora paulista Lygia Fagundes Telles e a professora carioca de literatura portuguesa Cleonice Berardinelli.

Tudo bem que a ABL já criou polêmica ao eleger José Sarney, Getúlio Vargas, Ivo Pitanguy, Paulo Coelho e Santos Dumont, e por nem sempre ter reconhecido escritores premiados, como Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e aquele que é considerado o maior poeta da nossa língua, Carlos Drummond de Andrade — além de Cecília Meirelles e Clarice Lispector –, mas sua eleição ainda tem muito significado no mundo das letras.

É muito pequena a expressividade feminina, não? O que você acha?