Esse ano o Festival de Teatro de Curitiba chega a sua 25ª edição, e tem sua grande estréia amanhã (22 de Março). Para comemorar data tão significativa, a direção do Festival está trazendo para a abertura ninguém menos que a grande dama da música popular brasileira: Maria Bethânia, com seu show “As Palavras”, no qual ela faz leitura de poemas, textos e músicas (lembrando que para esse show não terá venda de ingressos, à apresentação será apenas para convidados do Festival). Em uma apresentação recente Maria Bethânia explicou assim esse projeto “As Palavras”: “Escolhi os textos e poemas que me definem, além de alguns que muitos de vocês que estão aqui hoje já me viram declamando pelos quatro cantos do país”.
Os convidados para esse evento terão o privilégio de assistir a cantora em um ano muito especial para ela, além de ter recentemente completado 50 anos de carreira, Bethânia foi homenageada pela escola de samba Mangueira no desfile do carnaval carioca, sendo o tema e ajudando a escola a ser a grande campeã de 2016.
Fazendo parte da grade de apresentações da mostra principal do Festival, temos dois musicais em destaque : “Urinal” e “O Beijo no Asfalto”, ambos com duas apresentações agendadas para Ópera de Arame.
“Urinal” é uma peça/musical escrita por Greg Kotis e Mark Hollmann cuja montagem original estreou na Broadway em 2001 e foi traduzida e dirigida na versão brasileira por Zé Henrique de Paula, que se utiliza de humor e música para abordar temas atuais. O Outro musical “Beijo no Asfalto” é uma adaptação do texto ácido e sempre atual de Nelson Rodrigues com direção de João Fonseca.
Enquanto escolhia as peças que vou assistir no Festival, percebi que tinha duas montagens diferentes da mesma peça, que serão apresentadas no Fringe (mostra paralela) por companhias distintas. A obra em questão é “Dois Perdidos em Uma Noite Suja” de Plínio Marcos. Isso me fez lembrar de um fato interessante que aconteceu comigo a alguns anos atrás e vou compartilhar com vocês. Estava em São Paulo na fila de um Teatro, e vi um senhor muito mal vestido que poderia ser facilmente confundido com um maltrapilho. Mas conforme esse senhor de aparência cansada se aproximava pude ver que na verdade ele não estava pedindo esmolas e sim vendendo livros, aliás seus próprios livros, se tratava do grande dramaturgo brasileiro Plínio Marcos que com toda humildade do mundo, calçando chinelos de dedo, roupa puída e boina tentava de alguma forma viver de sua arte. Essa cena me chateou muito, fiquei triste. Comprei seu livro no qual ele gentilmente fez uma dedicatória e seguiu seu caminho oferecendo a outros na fila. Plínio Marcos faleceu em 29 Novembro 1999 em São Paulo.
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