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A banda Pato Fu, liderada por Fernanda Takai, se apresenta neste sábado no Guairão com o show “Música de Brinquedo 2”. Neste espetáculo, as canções, versões de clássicos da música pop nacional e internacional, são tocadas com instrumentos em miniatura e de brinquedos.

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Fernanda Takai é uma das mais requisitadas cantoras brasileiras, além de escritora, e está à frente da banda há 25 anos. Além disso, leva em paralelo uma carreira solo que é sucesso de crítica e público. A artista lançou recentemente o álbum “O Tom da Takai”, em parceira com Roberto Menescal e Marcos Valle, trabalho para o qual escolheram um caminho menos óbvio, um álbum com músicas de Tom Jobim pouco conhecidas, e poucas regravações.

Na entrevista ao blog Música Urbana, Fernanda conta como foi o processo de desenvolvimento de seu “Tom da Takai”, além de muitos outros fatos interessantes de sua carreira, como a parceria com Andy Summers, do The Police, que resultou no álbum “Fundamental” e muito mais. Confira a entrevista na íntegra.

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Papo Reto com Fernanda Takai:

Como nasceu a ideia do disco “O Tom da Takai”?

Eu já conhecia Roberto Menescal como ídolo, mas o conheci pessoalmente quando ele veio aqui em casa gravar uma guitarra naquele disco que fiz em homenagem à Nara, “Onde Brilham os Olhos Seus”. Isso faz 11 anos já. Desde essa época, a gente ficava tentando arranjar um pretexto para fazermos alguma coisa juntos. No ano passado, Menescal fez um ciclo de shows comemorando seus 80 anos. Eu participei de vários desses shows. Eu e pessoas como Marcos Valle, Leila Pinheiro, Danilo Caymmi, Zélia Duncan, e vários outros artistas, em cidades diferentes. E por acaso, eu cantei em quatro capitais junto com Marcos Valle, na mesma configuração. Eu, Marcos e Menescal. Ficamos muito mais amigos do que já éramos, e aí ficamos pensando em como fazer um trabalho juntos.

Foi justamente o Menescal, num arroubo de vontade, no meio de um show em Brasília, na frente da plateia, me disse: “Vou gravar um disco com a Fernanda, e estou chamando o Marcos agora aqui no palco. Vai ser sobre Tom Jobim. Tom Jobim lado B, e vai se chamar ‘O Tom da Takai’”, para minha surpresa.

Ele me perguntou “Você topa?, Tá dentro?”, e eu topei, claro. Até a platéia começou a gritar “Tô dentro, Tô dentro”. Foi incrível!

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Nós fomos para o hotel, jantar e conversar sobre “Como a gente vai fazer e quando a gente vai fazer”. Precisávamos conciliar a agenda de nós três. Ficamos de trocar e-mail com algumas coisas do repertório do Tom que a gente achasse que tinha a ver com esse lado B que a gente estava pensando. Isto aconteceu em dezembro do ano passado. Trocamos e-mails falando das músicas. Em janeiro deste ano eu fui ao Rio de Janeiro, onde os dois moram, e a gente ficou ouvindo as canções, umas 20 finalistas, todas com um Tom Jobim mais “início de carreira” mesmo, e fechamos o repertório.

E foi assim. Nasceu da vontade de nós estarmos mais juntos.

Imagino que a escolha não tenha sido fácil. Como foi a negociação para escolher as músicas?

Eu já tinha falado para o Menescal que eu tinha receio em fazer Tom Jobim, exatamente porque já tinha sido feito por muita gente. Muita gente maravilhosa!

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Eu não sabia como a gente poderia fazer isso de um jeito legal. Porque no meu disco da Nara eu “entortei” todos os arranjos. A gente modificou muita coisa, fez um apanhado grande da Nara. Mas aí ele disse que tinha umas ideias na cabeça e já havia conversado com o Marcos também, e viram que tinham várias coisas que pouca gente lembra. Eles foram me mandando as músicas e eu fui ouvindo. Algumas eu conhecia, outras eu já tinha até ouvido, mas não sabia nem o nome. Eles fizeram um enfoque que foi muito interessante. Sobre um Tom jovem que dava conselho pra todo mundo, que chamou o Menescal pra gravar com a Elizeth Cardoso e incentivou o Marcos Valle a escrever as partituras das músicas dele. Era um Tom de 30 anos pré-explosão, indo para a América com o Frank Sinatra, aquelas coisas todas. Então a gente escolheu umas músicas daquela época, que são lindas e pouca gente fez.

Eu mesmo não conhecia várias delas.

Então… mas partiu muito do convívio deles com o Tom. Eu conheço muita coisa do Tom, mas o que eles fizeram foi dar um recorte muito preciso de um momento que foi o próprio início de carreira dos dois, juntos com o Tom Jobim.

Nós pegamos coisas que tem uma ou duas regravações no máximo. Acho que o fato de fazer uma música sem instrumental foi ousado. Foi uma briga que o Marcos Valle trouxe. Imagina uma cantora gravar um disco sem instrumental, mas ele disse “vai dar!”. Eu acho que tem que dar essas encorpadas mesmo.Trazer para o repertório o lado B, inclusive isso, de pegar uma música instrumental e coloca numa cantora pop. Foi muito legal a convivência com eles. Eu aprendi muito mais.

Tenho visto que a crítica gostou muito do trabalho, mas como está sendo a reação do público, já que vocês escolheram um caminho, digamos, menos comercial da carreira do Tom?

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Em todos os show foi “sold out”, muito bacana mesmo. Foram quatro apresentações em São Paulo e mais quatro no Rio de Janeiro. Interior de Minas, Belo Horizonte. A nossa ideia é, assim que conciliar de novo nossa agendas, fazer mais shows. O Marcos acabou de lançar um disco com Dori Caymmi e Edu Lobo. O Menescal está com o Marcos fazendo a turnê dos bossa nova, que são eles, mais o Lonato e Carlinhos Lira. E eu tô com o Pato Fu, tô com carreira solo, então o nosso maior problema está sendo achar data, mas o público tem adorado. É muito contemplativo, porque ele é mais calmo. É um Tom bem tranquilo. Durante o espetáculo, o que acontece é que contamos bastante a história de cada música. Tem um caráter muito histórico. A ideia é reapresentar para o público e apresentar para um público completamente novo, que não tem noção desse assunto.

Esse foi o caminho mais difícil, por assim dizer, mas resultou em algumas pérolas que vocês encontraram na história dele.

É sempre arriscado fazer um disco assim, já existe um pré-conceito. Você já imagina que o disco vem de um jeito. Mas eu fiquei particularmente muito feliz porque as músicas ganharam um arranjo novo, e eles foram muito cuidadosos em como eu poderia entrar com a minha voz naqueles arranjos. Ficou muito confortável cantar essas canções, tanto no disco, quanto no show. Pra mim é muito gostoso de ser feito.

Falando de outro álbum seu, “Fundamental”. Como aconteceu essa parceria com Andy Summers?

Foi um sonho! Ainda mais para mim… quando eu era adolescente vivia ouvindo rock inglês. The Police, The Cure, Duran Duran… eram bandas que eu ouvia direto. Eu comprava até revistinha pra tocar no violão. É surreal trabalhar com o cara que faz todos os riffs do The Police.

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O que me ajudou a ficar perto dele e fizesse ele gostar do meu jeito de cantar foi o fato de que ele é apaixonado pela música brasileira, aí entra mais uma vez a bossa nova. Um dos caras que ensinou o Andy a conhecer mais, e até tocar a música brasileira, foi o Menescal. Em 2009, quando Andy esteve no Brasil, o Menescal andou com ele pelo Rio de Janeiro, mostrou o apartamento da Nara, apresentou a ele o Carlinhos Lira, a muita gente, afinal. Quando Andy questionou sobre qual seria uma voz, hoje, moderna que fosse da turma da bossa nova naquela época, Menescal me citou. E aí o Andy disse “Eu quero conhecer a Fernanda”, e eu fui me encontrar com ele. Nós tocamos juntos e ele disse que realmente gostou muito da minha voz e me convidou para ser a voz desse disco que ele tinha na cabeça. Era um disco de composições inéditas e completamente inspiradas pela música brasileira.

Eu vejo que a bossa nova é uma influência muito forte pra você. Como ela apareceu de maneira tão forte na sua vida?

Isso é coisa de ouvir muito em casa, né!? Dizem que os pais são culpados pelo bom gosto ou mau gosto musical dos filhos. Igual biblioteca. Você vai construindo uma biblioteca de autores e também do que você gosta de ouvir.Eu ouvi muito, porque tinha muita fita k7 de vários artistas da bossa nova que depois foram para outros lados, mas ficou muito presente o jeito de se cantar da bosa nova. É o que mais me influencia no jeito de cantar. E o que é engraçado é que na minha adolescência fui ouvir artistas americanos ou ingleses que tinham na bossa nova também um elemento muito forte. Tem uns artistas gringos que eu gosto muito e que quando eu fui ouvir adolescente eu pensei:“Nossa! eles conhecem a música do Brasil”. Eles cantavam Astrid Gilberto, João Gilberto, Nara e outros tão legais. Pensei que a música realmente viaja o mundo, e aí você recebe influências de um cara que não é do seu país, que ouve a música do seu país e ainda te influencia de uma outra forma.

Como é está sua carreira fora do Brasil?

O país que eu mais tenho visitado é o Japão. Eu já me apresentei lá cinco vezes, tanto o show solo, quando com o Pato Fu. Nos EUA eu não cheguei a fazer nada com esse disco do Andy, porque estavam acontecendo outras coisas. Foi bem na época que “Música de Brinquedo” estourou no Brasil. A gente fez show demais e eu acabei não indo lá fazer alguma coisa com ele. Ficar lá, divulgar show e percorrer clubes mesmo, rádios. A gente acabou não fazendo  trabalho sobre o disco.

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Mas aí eu já me apresentei em Portugal, na Inglaterra, na Argentina, Colômbia. Esses lugares eu fui com o Pato Fu, não foi com o show solo. Eu tenho um mercado aqui na América Latina que gosta também desse outro lado, né, de fundir um pouco do Brasil com esses outros lugares, que eu tenho percorrido mais que o mercado americano. E o mercado japonês é o mercado mais vivo da bossa nova. Todas estas pessoas que estão tocando aqui no Brasil tem se apresentado lá anualmente. A Joice acabou de voltar de lá: fez o Blue Note Tokyo esgotado. Ela tem uma presença muito forte lá. O próprio Menescal e o Valle têm ido. Quando eu vou, sempre toco em lugares diferentes como clubes de pop rock ou em festas em cidades onde tem muitos brasileiros, em praças. Já toquei em templo budista. Vários lugares diferentes. Tem um mercado muito interessante pra gente, viu.

E esse mercado japonês tem a ver com a sua ascendência?

Sim. Como eu tenho ascendência japonesa por parte de pai, acho que isso ajuda bastante. Eu fui muito impactada pela primeira visita que eu fiz ao Japão, em 2005. Naquela época eu ainda não estava estudando japonês. Quando eu voltei, em 2007, já falando um pouco a língua, foi muito importante pra eles que eu tivesse resgatado  essa minha origem me dedicando a aprender o idioma. Os jornalistas de lá sabem disso, e eles falam disso. Valorizam demais! O público também. Imagina, eu faço um show com algumas músicas em português e algumas em japonês, e eu falo em japonês com eles. A gente aqui fica louco quando o Paul McCartney fala algumas coisas com a gente. Eu acho que se interessar pela cultura do outro é muito importante. Ainda mais tendo essa ascendência japonesa.

Então quando você se apresenta no Japão você consegue levar o público japonês, diferente de muitos brasileiros que vão pra lá e levam somente brasileiros aos shows.

Às vezes a gente chega no lugar para tocar e as pessoas só falam japonês. Nós somos os únicos brasileiros que fazem show especificamente para esse público.

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Isto é um diferencial, realmente, não é fácil.

Eu fiquei muito feliz com isso. Já toquei  para brasileiros lá também, é claro. No dia da independência do Brasil, por exemplo. Mas nos lugares para 300 ou 400 pessoas o público é só japonês. E é muito perceptível o comportamento da platéia. É muito diferente! Existe um silêncio entre uma canção e outra. Eles esperam até a última nota para aplaudir. Aí a gente já pensa “Nossa, aqui só tem japonês.”

Você também é compositora. Como funciona seu processo de criação?

Aqui em casa, temos eu e John. Ele também é compositor. Eu fiquei um pouco preguiçosa e penso “Ah, não comecei a fazer as músicas desse ano ainda, mas aí o John já está fazendo”. Eu tento lidar com a outra parte do meu ser que não é cantora. Sou mãe, dona de casa, e eu escrevi seis anos uma coluna de jornal. Eu me dividi muito, e tive meu foco de vida multiplicado e quando eu comecei a escrever toda semana eu entregava uma coluna de meia página de jornal.

Eu adquiri uma disciplina de anotar mais as minhas ideias e de usar a fotografia como elemento de conteúdo nas minhas colunas e também para a música. Eu comecei a fazer um estoque de conteúdo pra mim. Isso tem me ajudado muito. Agora eu falo “Olha, vou parar e vou fazer isso!”, aí eu paro e faço aquilo mesmo. Eu recorro muito à minha bagagem, tenho 26 anos de Pato Fu e 11 de carreira solo, concomitante com essa minha carreira na literatura. Já tenho quatro livros lançados. Essa disciplina de produzir na música ou na literatura, eu prezo demais. Pra mim foi um aprendizado, e eu tenho isso comigo. Foi algo que eu demorei muito pra conquistar.

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Falando sobre os seus livros, percebi que os títulos sempre tem alguma coisa feminina. Isso foi proposital, ou aconteceu?

Foi proposital mesmo. Foi quando eu fui lançar meu primeiro livro que é acompanhado de contos e crônicas, eu fui muito questionada pelo meu editor, porque eu tinha escolhido de um dos textos que é “Nunca Subestime uma Mulherzinha”. Aí meu editor me questionou “Mas você vai colocar esse título mesmo, Fernanda?”, aí eu falei “vou, eu gosto muito dele.” Eu acho que ele diz muita coisa.

A gente tem que mostrar justamente que não tem essa literatura de “mulherzinha” no sentido ruim. Tem literatura escrita por mulheres, que variam o foco. Uns focam no dia-a-dia da mulher entre outros. Mas eu não acho ruim. Rolou muito respeito, porque o Marcelo Duarte, da Panda Books, me disse depois: “Realmente, ficou muito bom e tem a ver com você”.

Eu sou a única mulherzinha da banda, eu sou baixinha. O pessoal fala que eu tenho a aparência frágil, toda calma. Ninguém me vê nervosa… Mas claro que eu tenho meu outro lado. E eu acho que através dos textos e dos livros consigo enfatizar, chamar e jogar o foco na mulher como protagonista das histórias e das ideias. Eu acho que é importante. Eu não tenho medo nenhum de ser considerada uma “mulherzinha”, porque as “mulherezinhas”, são capazes de muitas coisas.

E você continuou nesta mesmo linha nos outros títulos. “A Mulher que Não Queria Acreditar”, “A Gueixa e o Panda Vermelho”, “O Cabelo da Menina”.

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É, sempre nessa levada, que aborada o protagonismo feminino de uma forma muito leve. Às vezes isso acontece e as pessoas falam assim:“Ah, mas você não é engajada.” Como não? É só ver as coisas que eu escrevo, as coisas que eu falo. Porque às vezes as pessoas prestam muito mais a atenção no grito, no esperneio, no panfletário, do que na delicadeza. Eu acho que tem muito da luta por direitos, principalmente, que tem que ser usado com o que a gente sabe fazer melhor. É colocar ideias, chegar próximo das pessoas, é tocar alguma memória afetiva através da música ou  de uma história que a pessoa vai falar. Isso já aconteceu comigo. E isso trás cada vez mais gente pro nosso lado .

Por falar em delicadeza. Você está escrevendo também literatura infantil. Muda alguma coisa escrever para adulto e escrever para criança?

Com o Música de Brinquedo a gente aprendeu  o seguinte: quando a gente faz um trabalho que tem várias camadas que não sejam de uma leitura única, que não atinge só um público, a gente precisa fazer a música para o adulto e para a criança com o mesmo cuidado, respeito e até nível de vocabulário.

Eu gosto muito de falar com as crianças. Sei que várias me liam no jornal e usavam minhas crônicas em aulas para estudar. As professoras sempre me escrevem, até hoje, contando que os alunos usaram um texto ou outro.

Não tratar de uma forma mais pobre, só porque ela é criança. Deixar de falar e de usar alguma coisa. Eu acho que tem um jeito de falar. Escrever um livro ou fazer uma música para crianças, não é mais fácil, de forma alguma. Até na escolha de quem ilustra os meus trabalhos, eu procuro artistas que consigam fisgar também o leitor de todas as idades. Não tem uma leitura visual só infantilizada.

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Eu trabalho muito como arquiteto que pensa numa capa de disco, como um traço de arte de uma pessoa que está sempre envolvida nesse traço de arte também. Esses produtos que a gente tem, livros e discos, os pedaços de arte, todos têm essas camadas múltiplas que eu falei. O pai e a mãe vão gostar de assistir com o filho. O filho vai mostrar para os pais e eles vão se divertir juntos, ou os irmão mais velhos adolescentes que geralmente não tem paciência pra nada, de repente vão abrir o livro e vão dizer “Olha que legal essa ilustração”. Eu fiquei com vontade de conhecer o zoológico que eu apresento ali na história. Eu sempre tento dar uma decolada para o outro lado também e não só para o lado da criança.

Falando do show que você vai trazer para Curitiba. Conta como é a estrutura deste show?

O “Música de Brinquedo 2” é uma espetáculo completamente diferente do “Música de Brinquedo 1”. Na parte visual, o cenário, figurinos e bonecos ganharam novos corpos, pois ficaram durante sete anos na estrada e foram perdendo a cor. 

O que a gente vai apresentar no Guairão é o repertório inteiro do “Música de Brinquedo 2” e colocar algumas canções do 1, que foi um sucesso durante sete anos na estrada. Quando passamos por Curitiba, fizemos duas apresentações e ficou muito gente do lado de fora. Então nós estávamos devendo retornar à cidade com “Música de Brinquedo”.

Eu tenho ido à Curitiba com mais frequência, trabalhando com a Sadra Hiromoto, que é uma artista plástica daí e a gente fez alguns projetos juntos por aí. Tive cantando com o Lemoskine. Estive mais com meu show solo do que com o Pato Fu, nos últimos sete anos. Acredito que seja um grande reencontro da banda com o público que hoje também tenha filhos que tenha … a gente desde a adolescência e agora também tem filhos, irmãos mais novos. Eu acho que vai ser um show muito legal. Tem Raimundos no repertório, tem U2, Kid Cavaquinho, Maria Alcina, João Bosco. Tem The Police. Tem trilha do Shrek. Falando parece que não combina nada, mas uma coisa ao lado da outra faz um show funciona incrivelmente bem.

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Nesse espetáculo, entre o primeiro e o segundo, sua filha teve alguma participação na criação?

No primeiro ela chegou a gravar. Ela curtiu de mais com a gente. Quando íamos em outros espetáculos percebíamos que só criança se divertia e os pais querendo ir embora. Observando isso a gente pensou em fazer um negócio que os adultos ficassem tão motivados quando as crianças. O que acontece com “Música de Brinquedo” é que os pais fazem questão de ir. Uma coisa que a gente reparou foram os comentários dos pais e mães: “Eu mostrei o de vocês, aí depois eu mostrei o que eu ouvia quando era mais jovem.”

Aí é legal porque as crianças ficam conhecendo U2, Raimundos, The Police, e outras figuras tão raras. “Música de Brinquedo” tem esse caráter informativo, de mostrar pra esse público bem novinho quem fez música aqui no Brasil e quem faz música lá fora e que a gente não ouve em rádio, principalmente.

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Serviço:

PATO FU – “Música de Brinquedo 2”
Quando: 20 de outubro de 2018 (Sábado)
Local: Teatro Guaira (R: Conselheiro Laurindo, s/n)
Horários:  Abertura do Teatro: 18h / Início dos shows: 19h
Duração do show: 
cerca de 90min
Ingressos: 
variam de R$50,00 (meia-entrada) a R$226,00 (inteira), de acordo com o setor
Plateia Premium – R$226,00 (inteira) e R$116,00 (meia-entrada);
Plateia A – R$206,00 (inteira) e R$106,00 (meia-entrada);
Plateia B – R$186,00 (inteira) e R$96,00 (meia-entrada);
1º Balcão A – R$156,00 (inteira) e R$81,00 (meia-entrada);
1º Balcão B – R$136,00 (inteira) e R$71,00 (meia-entrada);
2º Balcão A – R$114,00 (inteira) e R$60,00 (meia-entrada);
2º Balcão B – R$94,00 (inteira) e R$50,00 (meia-entrada).
A meia-entrada é válida para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue e portadores de necessidades especiais (PNE) e de câncer. Clube Prime possui 50% de desconto na compra de até dois ingressos por associado. Portadores do cartão fidelidade Disk Ingressos possuem 20% de desconto na compra de até dois bilhetes por titular.
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Colaboração: Damaris Pedro