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“Um show sem aquela barulheira toda que a gente faz”. Assim Nasi, em tom de brincadeira, definiu o show chamado “Ira Folk”,  que a dupla Nasi e Edgard Escandurra estreiam em Curitiba no dia 13 de Maio, no Teatro Positivo, com produção da Prime. Na verdade o show é muito mais do que isso, é a oportunidade de assistir a uma apresentação em voz e violão dos grandes sucessos do IRA! interpretada por seus maiores representantes, e também ouvir várias músicas consideradas ‘lado B”, inclusive algumas que não são apresentadas há décadas.

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Na noite de quinta-feira (05/05), bati um longo papo com Nasi pelo telefone, e ele deixou claro que está passando por um ótimo momento em sua vida pessoal e também junto a banda, que apesar desse projeto de apenas dois dos integrantes, a banda continua com sua agenda normal. Disse ter chamado para si e para o Edgard a responsabilidade no que diz respeito ao futuro do grupo, e que muita democracia em uma banda nunca deu certo. Em todos os exemplos que ele conhece quem manda é o vocalista e o guitarrista, e com eles será assim. Segundo ele, muitas das inúmeras brigas internas ocorreram pela falta de “uma liderança mais explícita”. E nessa vibe as coisas estão caminhando para um novo álbum que deve ser lançado até o final do ano.

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Do outro lado da linha, a voz tranquila e a conversa variando entre assuntos que iam de religião a economia atual, nem parecia a mesma pessoa que na juventude recebeu o apelido de Nazi (em refêrencia a nazista, mas unicamente pelo temperamento difícil, e não por qualquer simpatia ao regime) na época que a Rede Globo estava passando uma série sobre o Holocausto. E como sempre acontece quanto mais a pessoa briga contra o apelido, mais ele se propaga, só restou a Nasi trocar o Z pelo S e deixar o nome mais leve (essa história está no livro “A Ira de Nasi”, sua biografia).

Além de música, eu sempre gostei muito de filmes de heróis – falando em Nasi, me lembrei de seu Wolverine –  mas infelizmente tenho ficado desapontado ao assistir  aos últimos filmes do gênero. Sou de um tempo que sabíamos de antemão quem eram os bons e quem seriam os maus na tela, e seria normal torcer por algum “super” que salvaria o mundo contra o vilão. Os dois últimos filmes do gênero que assisti não sei se por falta de vilão, mas  o enredo era de heróis contra heróis.

Fiz esse comentário para deixar claro que quem for ao show do IRA! na próxima sexta não corre esse risco. Nossos heróis do Rock Brasileiro – ou seriam anti-heróis? – não vão estar no palco se digladiando ou tentando mostrar quem estava certo ou errado, quem é bom ou mal: simplesmente duas pessoas que, depois da tormenta, se redescobrem irmãos de vida, por opção, o que torna tudo mais forte e verdadeiro, com admiração e respeito, talvez mais do que tudo isso, entendendo a importância de cada um para carreira do outro.

As diferenças se completam e o IRA! continua firme e forte!

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