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Amigos seguidores do bom e velho “rock ‘n roll”,  vamos nos preparar: o grande circo (no melhor dos sentidos) de música e “business”  dos Rolling Stones está para desembarcar no Brasil. Pela quarta vez em sua longa carreira a banda toca para os brasileiros. Eles já estiveram por aqui em 1995 com a Voodoo Lounge Tour, em 1998 com a Bridges to Babylon e, em 2006, com a Bigger Band Tour — levando nesta passagem quase dois milhões de pessoas até a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, naquele que entrou para o livro dos recordes como “o maior show gratuito de uma única banda de todos os tempos”. É um evento que, em qualquer condição, movimenta uma cidade e vira assunto no país.

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Desde a segunda passagem deles por aqui, especula-se ser a última turnê da banda, gerando uma certa comoção — o que acaba levando ainda mais público para seus shows, imaginando uma eventual despedida. Desde que a principal fonte de renda dos músicos em geral deixou de ser a venda e discos e passou a ser a venda de ingressos, vários veteranos voltaram a ativa ou postergaram uma eventual aposentadoria. Essa história de última turnê, aliada a idade dos componentes da banda e suas vidas desregradas (Charlie Watts, 74; Ron Wood, 68; Keith Richards, 72; Mick Jagger, 72) tem gerado  brincadeiras de todo tipo, desde a venda de seguro na compra do ingresso — caso o show não aconteça pelo falecimento de um dos componentes —ou até o oposto disso, a imortalidade deles devido a pactos diabólicos (referências a “Sympathy For The Devil”).

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Imagino que muitos não saibam ou não se lembrem, mas em 1992 um Stone, componente da grupo desde seu início tocou em Curitiba: Charlie Watts trouxe sua banda de jazz, a “Charlie Watts Quintet”, para uma única apresentação no Teatro Guaíra, em um show onde ele homenageou o saxofonista Charlie Parker.

Certa vez, eu estava flanando em Paris, em uma bela manhã de sol com minha família (desculpe usar o verbo flanar, mas não conheço palavra melhor para definir o ato de explorar sem compromisso as ruas de Paris), quando vi um senhor grisalho e elegante, trajando um terno amarelo — não entendo muito de moda, mas acredito que usar um terno amarelo e continuar elegante não é para qualquer um — então percebo se tratar de Sr. Charlie Watts. Mostrei para meus filhos e tentei explicar a importância daquele senhor para o rock.

Logo após isso, por coincidência, entramos na mesma loja e fomos atendidos lado a lado no mesmo balcão. Assim que saí da loja, me arrependi muito de não o ter cumprimentado com um “good morning, Mr. Charlie Watts” ou algo parecido, pois apesar de ele não me conhecer, eu já o conhecia muito bem, e pede a boa educação em não economizar um bom dia a todos que passam por nosso caminho, ainda mais se tratando de um legítimo Rolling Stone.

Confira as datas e locais da turnê Olé:

03/02 Estádio Nacional – Santiago, Chile
07/02 Estádio La Plata – Buenos Aires, Argentina
10/02 Estádio La Plata – Buenos Aires, Argentina
13/02 Estádio La Plata – Buenos Aires, Argentina
16/02 Estádio Centenário – Montevidéu, Uruguai
20/02 Estádio do Maracanã – Rio de Janeiro, Brasil
24/02 Estádio do Morumbi – São Paulo, Brasil
27/02 Estádio do Morumbi – São Paulo, Brasil
02/03 Estádio Beira Rio – Porto Alegre, Brasil
06/03 Estádio Monumental – Lima, Peru
10/03 Estádio El Campin – Bogotá, Colômbia
14/03 Estádio Foro Sol – Cidade do México, México
17/03 Estádio Foro Sol – Cidade do México, México

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