Há muito tempo tinha vontade de produzir linguiças no restaurante e sempre esbarrava na falta de tempo. Desde que visitei o restaurante paulistano Pomodori, a vontade se acentuou. Por lá eles tem uma charcutaria bem avançada.
Como bom paranaense gosto de churrasco e são as linguiças a recepção de tal evento, quase sempre. Dias atrás fui atrás da principal matéria prima, a tripa. Descobri que existem diversas possibilidades, de boi, de porco, cabrito, reconstituída de colágeno, sintética, entre outras. Conversando com o fornecedor achei que a de cabrito encaixaria melhor no que eu estava em mente a produzir, uma linguiça de porco fina, fresca, delicada, bem temperada, sem aditivos ou conservantes. Uma primeira experiência.
Aproveitando o baixo fluxo do feriado colocamos a mão na massa. Com a tripa em mãos veio a segunda decisão a ser tomada. Qual parte do porco usar? Dei um pulo no frigorifico Bizinelli, especialista em cortes suínos. Olhando a vitrine de carnes bati o olho na copa, era ela mesma! Carne suculenta com gordura entremeada nas fibras. Com a carne e a tripa em mãos fomos nós encher linguiça!
Ficaram bem saborosas. O mais interessante é saber o que se esta comendo, sempre que como linguiça, fico me perguntando, o que será que tem dentro?
Além de tudo as linguiças são muito versáteis, abre-se um mundo de opções para rechear o invólucro. Quem sabe uma linguiça de vitelo com foie gras ou talvez uma de camarão…