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A indisfarçável perplexidade

Já estamos em 2010! O período de festas ligadas ao final do ano acabou; hoje dia 1º de janeiro a vida entreabre uma fresta para que olhemos em direção ao futuro, sem esquecer o que ficou para trás, uma vez que o passado é que nos arremessa ao presente e também ao futuro.

Fernanda Trisotto/Gazeta do Povo
Preocupação maior dos veranistas é de se machucar com o vidro deixado na areia

Sempre penso que desconsiderar, fazer caras e boas ao que passou, é uma enorme tolice, uma vez que há eventuais lições mal assimiladas, mas há quem desconsidere o que já era – e até viva bem com esse recorte temporal. Não sei se você, mas acredito que as ações conjugadas nos três tempos verbais nos asseguram a firmeza nas rédeas dos acontecimentos, daí a importância das diversas retrospectivas, tanto no campo pessoal, quanto no coletivo.

O livre-arbítrio consciente, a responsabilidade assumida e o envolvimento sincero são atributos que fortalecem de sentido a marcha da humanidade, concorda comigo, prezado leitor? Quer um exemplo dessa conjugação exemplar? Veja as reflexões sobre a atitude dos que moram na grande Curitiba, em Eles não são voluntários( GP, 27/ 3/ 2009).

Hoje, embora com o tempo nublado, saí para fazer uma rápida caminhada pelas imediações da minha casa, aqui no bairro Mercês. Encontrei as ruas vazias, casas fechadas e aquele ar de ressaca. Busquei com o olhar uma padaria para entrar e sentar, como outrora, em um daqueles bancos redondos, junto ao balcão para apreciar a vida, que corria lá fora, enquanto tomava um café com leite, acompanhado de pão com manteiga, mas não encontrei. Outros tempos, bem diferentes, quando os comércios tocados pelos proprietários abriam as portas, mesmo em dia de feriado.

Doralice      Araújo
No 1º dia de janeiro: tempo nublado e ruas vazias; a Marcelino Champaghat, no Mercês, é um exemplo – Curitiba, 2010

Espero que o leitor desculpe o meu saudosismo e o compreenda como um componente desta reflexão sentimental. É o primeiro dia de 2010 e todos os pensamentos devem ser contabilizados na herança pessoal e coletiva que carrego(amos). Faz parte do dia e este blog é um diário, lembra-se? Não sou obrigada a encenar uma realidade apenas para ser conveniente a isto ou aquilo, mesmo com o compromisso temático ligado à educação. A verdade acima de tudo; esta sim aproxima, enriquece as relações e convence de sentidos, concorda comigo?

Ao voltar para casa li as últimas notícias na internet; elas mostram em destaque que a chuva tem feito vítimas pelo Brasil afora. A perplexidade diante dessa fúria climática, a insensatez dos imprudentes, caro leitor, deve promover incômodos gerais – e o caminho está aberto ao compromisso da responsabilidade pessoal e coletiva. Um pequeno gesto faz a diferença. A chuva vem lá de cima, mas nós temos algumas contas a acertar com as interferências e doidices do clima e doenças ambientais.

Convite: que tal acessar os links convergentes a este 1º de janeiro de 2010?

> Informe-se mais sobre as condições de remuneração do professor na escola pública; o novo aumento apenas foi aprovado pelas excelências em Brasília, mas nada indica de que todas as prefeituras e estados do Brasil terão condições de assumi-lo efetivamente. O piso salarial dos professores da rede pública do País aumentará de R$ 950 para R$ 1.024,67 em 2010. O reajuste, segundo o MEC, será de 7,86%. Coisa assim de R$74,67. Fique atento, prezado leitor, à conjuntura paranaense e, se possível, nacional. Com a palavra os professores da rede pública, os pais dos alunos e os gestores das verbas destinadas à educação.

> Prestigie a Coluna do Leitor (na GP de hoje)

> Reflita sobre a reportagem Trabalho intenso na limpeza das praias após o réveillon ,
de Fernanda Trisotto( Caderno Verão, GP, 1º de janeiro)

> Avalie as condições do seu armário de roupas, a sua estante de livros e a sua dispensa ou mesmo com relação ao uso solidário do seu tempo em 2010; doe os seus encalhes e filie-se a um programa de voluntariado. Fazer algo sem remuneração financeira em troca é de uma satisfação incalculável, mesmo aos que iguais a esta professora, precisam trabalhar todos os dias para pagar as contas. Bem diferente, segundo as informações de Kátia Chagas e Karlos Kohlbach, dos que usufrem do pacotão de benesses oferecidas pelos cofres públicos (GP, 16/ 12/ 2009)

Quer comentar algo? Sugerir um link interessante? Fique à vontade; estou com um trabalho profissional que exige conectividade permanente com a internet, portanto, ficarei atenta à necessidade de liberar os eventuais comentários que costumam aparecer neste Na Mira.

Até a próxima!

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