Eu já vi crianças em aula sob a copa das árvores, em salão comunitário, dentro de embarcações na Amazônia, em ambientes hospitalares, em abrigos improvisados, mas nunca soube de que estudavam em uma cadeia desativada – e você? Na FSP de hoje há uma reportagem de José Mashio que descreve o esforço dos colegas professores para deixar as crianças “mais calmas” diante do fato de estudarem dentro de uma cadeia, no distrito rural de Luz Marina, no oeste deste Paraná. Dá para acreditar?
Quando o assunto é educacão todos os itens são importantes – e o objetivo de educar com toda a certeza sobressaí entre os demais- , mas o lugar onde as crianças estudam tem inegavelmente grande importância; age sobre os sentidos e lhes abastece de significados. A minha pergunta é: onde estão as autoridades que permitem um acinte dessa natureza no distrito de Luz Marina?
Eu sempre fico admirada com a capacidade do ser humano de projetar e construir as grandes obras, pois beneficiam as gerações contemporâneas e as que ainda virão: pontes, hospitais, rodovias, museus, praças, hidrelétricas e escolas, entre outras são exemplos que estão sempre sob os nossos olhos.
Eu fiquei indignada ao saber dessa notícia – e tomara que a reportagem paranaense apure ainda mais o fato e que as autoridades educacionais tomem as devidas providências, afinal o lugar de crianças não é certamente dentro de uma cadeia, nem mesmo para aprender o bê-á-bá nem o 2+2, concorda, meu prezado leitor?
Sugestões de escrita
Proposta 1– Escreva à coluna dos leitores de um jornal ou revista da sua preferência expressando a sua opinião; conteste ou justifique o fato de crianças de uma cidadezinha paranaense serem obrigadas a estudar em uma cadeia desativada, em razão da falta de um local apropriado. Fundamente o seu comentário e apresente argumentos lógicos, pois comentários destituídos de clareza expositiva geralmente são desconsiderados.
Proposta 2 – Você permitiria que seu filho estudasse, aqui em Curitiba por exemplo, em uma escola improvisada em uma cadeia desativada? Redija uma frase apelativa que exija providências urgentes das autoridades com relação ao fato. Aquele velho ditado que assertiva “Não queira para os outros o que não deseja para si” pode ser perfeitamente aplicado e associado à questão.
Até a próxima!