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Lições de sucesso com a escrita

Quem escreve atentando rigorosamente na figura do leitor nunca erra na comunicação. É isso o que fazem as eficientes campanhas publicitárias, crônicas, reportagens, comunicados, cartas e toda e qualquer forma de comunicação escrita, inclusive as redações escolares e as dos concursos em geral.

Itens muito importantes
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Além de mirar o interlocutor a prioridade deve ser dada ao por que e ao como você escreve. Se atender a esses três obrigatórios itens você acabará certamente auferindo o prêmio de quem escreve: a leitura atenta do público certo.

O interlocutor, a “sua excelência”, sem dúvida

O leitor de um texto merece prioridade máxima. Desde a década de 80, quando cheguei a Campinas (SP), sou leitora da Folha e aprendi a identificar a prioridade oferecida na explicação do patriarca do jornalismo Otávio Frias, de que e a “sua excelência”, sempre é o leitor. Gostei logo de imediato dessa idéia; ela invariavelmente é a razão da vitória garantida quando a questão é informar qualitativamente – e daí a razão do poderoso complexo Grupo Folha, que a cada dia se firma no mercado editorial e faz escola entre os demais jornais brasileiros.

Por que escrever?

Inúmeras são as razões para escrever. Escolha a sua: informar, aplaudir, reclamar, justificar, reivindicar entre outras. Escrever, minha gente, é o máximo; tenho feito da escrita essa parceira infalível, que abre as portas para mim e ainda aponta as alegrias que estão por chegar. Escrevo diariamente e sempre com a certeza de que chegarei lá, onde desejo.

Como escrever?

De acordo com o contexto, regulando o nível da linguagem e em mira desse leitor potencialmente claro, na sua frente. No caso do estudante, escrever para o professor avaliar e no do vestibulando, sem pestanejar, escrever para o corretor, que está ali exatamente para avaliar o grau de autonomia do concluinte do ensino médio com os recursos da escrita. Pensar nisso e agir articuladamente é ganhar a parada; não duvide disso nunca!

Uma prática rotineira

Tenho por costume sugerir que meus alunos escrevam bastante. Quero que redijam para expressar idéias, mostrar descontentamento, sugerir, apontar dificuldades e aplaudir. Esses desejos acabam sempre desencadeando em sucesso, principalmente quando eles percebem o “lucro” que recebem com essa incessante forma de expressão. Alguns têm o texto publicado na coluna dos leitores dos jornais e revistas; outros percebem mudanças visíveis à ocasião da escrita – e os comentários sobre as facilidades para escrever são, em resumo, o meu grande prêmio.

Recomendações:

1- Não complique nunca. Escreva – e se tiver dificuldades organize frases curtas, objetivas e vá direto ao ponto!

2-Exercite a utilização dos conectores de sentido. Descubra os objetivos das preposições, das conjunções, dos pronomes relativos e da pontuação – esses “auxiliares” são poderosos trabalhadores de sentido, de direção. Quando estão ausentes – minha nossa!!! – fazem uma falta danada. Não é de hoje que se recomenda aos estudantes que não negligenciem o estudo objetivo da forma e da função das palavras. Pode parecer abominável para muita gente que até hoje não entende os propósitos de estudar a morfossintaxe, mas a compreensão dessas áreas auxilia bastante à ocasião da escrita – e oferece o caráter inteligível, tão necessário à expressão das idéias.

3-Um dos maiores embaraços a quem tem dificuldades para escrever é a concordância entre as palavras. Quem geralmente costuma tropeçar, hesitar entre as regências do verbo ou do emprego do substantivo – é só ficar atento e fugir das construções dos parágrafos muito longos – no entanto, recomendo dar uma boa examinada sobre concordância verbal e nominal na gramática da nossa língua portuguesa.

4-Ninguém sabe tudo e a curiosidade é que nos faz descobrir informações, buscar elementos, pesquisar, por isso pergunte; não hesite em mostrar a sua ignorância, desconhecimento. Sinta-se um eterno aprendiz; perguntar sempre será uma boa e eficaz maneira de aprender.

4-A escrita é uma das poderosas formas de defesa, de luta, de expressão dos sonhos e da realização deles. Não hesite em escrever. Não titubeie diante do teclado ou do agitar ainda hesitante da caneta, do lápis ou de um giz. Escrever é romper com o silêncio das idéias, é uma das formas de uma pessoa marcar o seu lugar no mundo.

Um segredinho agora compartilhado

Nem sei o que sentiria ou faria se eu fosse impedida de escrever. Talvez definhasse, porque escrever é, indiscutivelmente, uma necessidade não apenas profissional, mas também uma paixão prazerosa – e quando se descobre os efeitos da escrita, as pessoas, as coisas, os fatos e a vida inteirinha ganham um redimensionamento ilimitado.

Sugestão: acompanhe a primeira página dos jornais de hoje. Liste os temas visivelmente presentes e escreva uma carta breve à seção dos leitores.Que tal agradecer pela informação gabaritada? Foi escrevendo inúmeras cartas a essas seções e também às editorias dos cadernos, tanto da Gazeta do Povo, como da Folha de S.Paulo que cheguei até à condição de parceira da Gazeta do Povo on line. Expressar opiniões, marcar um território no mundo das idéias faz a qualquer pessoa enorme diferença, pode acreditar, eu garanto!

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