Eu adoro ler e escrever, por isso talvez compreenda as dificuldades e as desculpas apresentadas por quem não se considera muito à vontade quando o assunto é a leitura e a escrita – e resiste à idéia de comentar a sua opinião em blogs, alegando “Não sei escrever direito”.

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Duas atitudes poderosas

Uma vitória num país repleto de contradições

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Primeiro é preciso considerar como vitória o domínio da escrita, pois no nosso país, poucos, infelizmente, podem se gabar desse mérito. São muitos os excluídos dessa habilidade poderosa – e quem consegue se utilizar da escrita para expressar as suas idéias e delas fazer uma história é, sem dúvida, um felizardo.

Adequar é preciso

Não há essa coisa de escrever certo ou errado. Há sim, adequação a uma proposta de escrita. Quando todo mundo – tanto os professores do nosso português do Brasil e os alunos – entendermos que entre todos os falantes e produtores de texto pairam vários falares e inúmeros modos de expressão, as coisas entrarão em equilíbrio.Não há uma língua ou modo de expressão melhor ou pior do que outro. Adequação ao contexto é a palavra chave – e o resto é uma discussão boba e tola. Comunicar bem é o que aproxima as pessoas. Há o momento ajustado, o tom a ser dado – e isso, ao final dessa pendenga, é o que faz a diferença.
Os diversos modos da escrita atendem às exigências determinadas, É semelhante a ir a uma festa cheia de requintes vestido sem adequação, de sandália havaiana, por exemplo. Essa sandália estaria adequada se a festa fosse na praia ou num sítio, em ambiente descontraído.

O papel da escola brasileira


É preciso examinar bem…
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A escola precisa de professores que compreendam as múltiplas linguagens e não se intimidem quando alguém lhes dita regras, nem sempre saudáveis e praticáveis. É preciso analisar tudo e conferir a aplicabilidade de conceitos muitas vezes obtusos e que ninguém discute, estuda, analisa, mas impõe ao aluno, coitado, que sentadinho ali na carteira não tem como se insubordinar a essa língua bem comportada e muitas vezes sem graça alguma que lhes queremos impor.

As eficientes analogias

Faço sempre muitas analogias, essas oportunas comparações que nos ajudam a compreender as mais diversas situações da vida.. Eu costumo compartilhá-las com os meus alunos e amigos – e se, por acaso, não concordar com elas e tiver outra para nos contar, por favor, não se faça de rogado, comente, anuncie, explique, compartilhe.

>Escrever é revelar interpretativamente o que se auferiu através dos sentidos, portanto escrever é revelar sentidos.

> Escrever é alçar vôos conceituais, o que significa inferir informações e a partir delas ir sempre além, encontrando revelações, verdades ou falácias.

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>Escrever é marcar um território com as idéias, logo quem escreve delimita um espaço conceitual e por ele deve sentir-se responsável.

>Escrever é revelar-se, ou seja, mostrar-se em expressão das idéias, das opiniões ou conjecturas..

Objetivo da escrita

Escrever é uma vitória, sem dúvida, obtida com disciplina e desejo de cada vez melhor expressar os sentimentos, as impressões que merecem registro – e a objetividade, rainha da vez, deve presidir esse ato de interação, de sentidos tão diversos, por isso quando alguém afirma “Não sei escrever direito.” apenas revela a sua insegurança com relação ao sentido da escrita. Para alguém comunicar basta apenas assentir ao seu interlocutor e para ele dirigir a sua atenção. Ir direto ao ponto, sem rodeios, nesse “pá-pum” natural que rege a vida daqueles que sabem se fazer entender, o resto é puro confete e purpurina, que aos olhos do bom entendedor logo desaparecem, diante do essencial.

Serviço:

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Compreensão e Produção de Texto

Compreensão e Produção de Textos
– Inscrições abertas- 10 oficinas exclusivas para vestibulandos; terças ou quintas-feiras; horários opcionais: 9/11h, 15/17h ou 19/21h; Rua Marcelino Champagnat, 516, Mercês.

Informações/reservas: (41)33362076 ou casadalinguagem@uol.com.br