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É lamentável concluir, mas infelizmente o ” amor aos livros ” não é disseminado com vigor nas famílias e nas escolas, porque se todos exemplificásssemos cuidados com os livros , assim como com os bens públicos o excerto abaixo não existiria; confira:

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” O número de livros didáticos que o Ministério da Educação (MEC) terá de enviar às escolas públicas do Paraná para 2009 quase triplicou em relação a 2008 e 2007. Para o próximo período letivo, será necessário mais de 1 milhão de exemplares para suprir a demanda – a quantidade exata só será conhecida no ano que vem. Em 2008 e 2007, foram repostos 430 mil e 386 mil, respectivamente. Os números mostram que as ações de conscientização não são completamente eficientes. Muitas famílias nem sequer sabem o que seus filhos fazem com os livros. Só no Paraná, serão gastos quase R$ 7 milhões para atender os novos alunos e a quantidade de material perdida.”

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Segundo a reportagem Mec terá de repor 1 milhão de livros no PR, de Anna Simas ,( GP, 16 /12) o cuidado com a conservação do material é maior aqui na região Sul; ainda bem, porque o zelo pelo bens públicos parte indiscutivelmente do exemplo.

Duas questões para refletir:

1- Por que os bens públicos são desconsiderados por quem deles usufrui?

Muita gente, inclusive escolarizada, depreda, viola e estraga o espaço público. Basta olhar as praças, as centenas de livros que são recuperados na Biblioteca Pública do Paraná( em conseqüência dos maus tratos dos usuários), as poltronas dos lugares públicos, as carteiras universitárias, entre outros estragos movidos pela pichação indiscriminada nas ruas. Qual a razão?

2- Quanto custa aos cofres do município ou do estado a aquisição do material didático? O estudante sabe quanto custa o livro que ele recebe? Segundo dados da reportagem ” Só no Paraná, serão gastos quase R$7 milhões”; é uma lamentável despesa.

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Quando sabemos o quanto custa obter um bem fatalmente somos levados a valorizá-lo, mas nem o valor e nem a reprimenda diante dos estragos feitos no bem público são mais poderosos do que o exemplo contrário – e todos nós somos instados a oferecê-lo imediatamente.

O que faria a diferença com relação ao tratamento oferecido aos bens públicos?

Certamente ver professores pesquisando na biblioteca da escola, assim como as demonstrações de cuidados com os materiais são duas situações marcantes no cotidiano de uma criança ou de um jovem estudante; do mesmo modo acompanhar as notícias de tratamento ético aos bens públicos, sobretudo pelas autoridades municipais, estaduais e federais. Ver a máquina pública trabalhando pelo bem comum é um fator de impacto extremamente positivo – e quem oferece tais exemplos?

As alterações recentes na constituição das famílias, a crise de valores e o ” vale tudo” contagiante, além da ausência de orientação segura às novas gerações não podem ser mais fortes do que as certezas adquiridas através dos bons exemplos; o problema é ver quem dá o primeiro passo , porque os aprendizes estão ai, carentes.

E, você meu prezado leitor, pensa diferente de mim? Interaja.

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