Ser professor não é tarefa fácil; é preciso explorar a competência para intermediar eficientemente as lições de leitura e escrita, aplicação das quatro operações, além dos infinitos desdobramentos advindos com as portas espetaculares dos diversos conhecimentos. Temos a geografia, a biologia, a história, a física, a química, as artes, as atividades físicas e outras que um bom currículo escolar certamente não deixará de fora.
Não há trabalho, entretanto, sem recompensa – e a do professor é a do salário digno e a sensação do dever cumprido em sala de aula. Nem todos, infelizmente, são bons professores, nem todos merecem o salário que aparece no holerite, mas os que estão no exercício passaram por um concurso público estadual e merecem o tratamento profissional digno, concorda comigo, prezado leitor? A foto que ilustra a postagem de hoje evidencia que as queixas dos professores também alcançam a esfera municipal. É ver para crer.
Sem o giz na mão – Hoje, segundo a reportagem Professores da rede estadual fazem passeata em Curitiba, de Célio Yano e Viviane Favretto
(Gazeta do Povo, 24 de abril), o contingente de professores que exerce as suas funções nas escolas públicas estaduais cruzará os braços; caminhará nas ruas desta Curitiba para reclamar de um piso único de R$950,00 por 40 horas de trabalho, sem os aditivos legais. O movimento é geral; em diversas ruas Brasil afora os professores, em passeata, compartilham com a sociedade a contradição do discurso das autoridades públicas diante da prática dedicada à educação.
A essencialidade do professor – Algumas categorias profissionais são vitais ao progresso humano – e a de professor é básica, porque prepara o terreno cultural às novas gerações, mas até quando meus colegas terão que mobilizar uma passeata para que o valor mensal do salário que recebem seja justo? Parece brincadeira que professores exijam, ao menos, os novecentos e cinquenta reais, legalmente sancionados pelo presidente deste país.
Recomendo – Faça uma leitura vertical das minhas últimas postagens e encontre a Paralisação nacional dos professores e ganhos reais no holerite ; clique e localize a pesquisa informal que com a ajuda da professora Gládis Leal foi possível realizar; vá clicando nas indicações para prosseguir na leitura. Tenho certeza de que se surpreenderá com a amostragem dos resultados.
Entenda o motivo das queixas – Segundo a reportagem da Gazeta do Povo:”(…) além da reivindicação de âmbito nacional, os professores do Paraná aproveitam a ocasião para cobrar pontos da campanha salarial de 2009 da categoria, como a equiparação dos salários dos professores com o dos demais servidores estaduais (que representaria um aumento de 25,97%); melhorias nas condições de trabalho e saúde dos educadores; posse de funcionários aprovados em concursos públicos há mais de dois anos; e implantação do auxílio transporte para os funcionários”.
E você, prezado leitor, o que pensa sobre as reivindicações acima descritas? Eu gostaria de saber o que representam em reais os 25,97% reclamados pelos professores; somente assim teremos uma avaliação mais crítica e assentada em números que estão fora do holerite dos profissionais do ensino, concorda?
Até a próxima!