Até parece que Jorge Benjor está cantando Chove chuuuuuuuva, choooove seeeem paraaaaar e do outro lado o bonachão Tim Maia parece advertir que , apesar de tudo É Primaveeeeeraaaaa!!!!. A chuva está renitente, quase não dá trégua. Eu nunca passei um dia de finados sem chuva – e você? Confira o que diz o Leonardo Mendes( ele faz a cobertura da corrida, em Interlagos), no BLOG DO MINUTO; ele descreve que está “encharcado”, coitado, trabalhando para você, amigo leitor.
Descrever ajuda a melhorar a escrita
Uma das maneiras de ajudar a melhoria da escrita é solicitar que a criança ou o jovem descreva objetos, situações , pessoas ou lugares. Descrever é detalhar aspectos e exige observação atenta, apurada, minuciosa. Relatórios, por exemplo, são textos bem exigentes nesse aspecto; quem um dia se viu obrigado a relatar uma viagem, uma seqüência de procedimentos ou o perfil de alguém sabe aquilatar o valor da descrição perfeita: uma espécie de retrato vivo.
Um concerto informativo com os sentidos
Fotógrafos, entre outros profissionais que trabalham com a imagem, fazem descrições espetaculares captadas pela câmera e estudantes redigem descrições apresentando as minúcias, os pormenores de uma situação ou objeto. Para elaborar uma descrição perfeita há de se articular todos os sentidos e cada um deles entra em cena na hora certa. A visão alcança as cores , a extensão e o espaço ocupado ; o tato nos permite identificar texturas, ranhuras, suavidades; a audição abre espaço para a intensidade, a seqüência melódica agressiva ou suave; o paladar nos envolve em sabores diversos e o olfato os aromas, que tanto nos seduzem ou nos afastam do objeto descrito. São os sentidos, sim, que nos ajudam a fazer esse verdadeiro concerto informativo – e não é de hoje que aprendemos a ler e a escrever pela conjugação dos sentidos.
Recortar fotos dos jornais e revistas e treinar a descrição
Costumo examinar com vagar as fotografias disponibilizadas nos jornais e revistas; gosto, inclusive, de trocar idéias com fotógrafos profissionais e amadores, pois eles lidam com níveis diferenciados de linguagem, a pictórica. Tenho inúmeros recortes de fotos dos jornais guardados com anotações de quem as fez, quando e onde foram publicadas. Aqui , por exemplo, da Gazeta do Povo, tenho uns recortes espetaculares: as imagens feitas pelo Albari Rosa, o Daniel Castelanno , a Priscila Forone , a Aniele Nascimento, entre outros, igualmente talentosos, têm me auxiliado bastante.
Sabe o que faço com as fotos que recorto? Eu as colo em folha sulfite e peço que a criança ou jovem estudante descreva o que vê na imagem. O resultado é surpreendente: uma riqueza de informações. Se a minha colega professora, um dia, se dispuser a recortar as fotos das revistas e jornais e oferecê-las como exercício descritivo fará um bem enorme aos seus alunos. Desenvolverá neles o senso de observação e lhes incentivará a buscar adjetivações adequadas ao que examinam, qualidades apreciadissimas na elaboração de relatórios técnicos, reportagens investigativas, manuais, bulas – e se clicar no link vai encontrar no CONVERSA TEMPERADA uma receita de pão, com a descrição tim-tim-por-tim-tim para prepará-lo; vá lá conferir.
Infográficos, tirinhas e charges exigem detalhamento
Muitos estudantes do ensino médio não sabem analisar infográficos, tirinhas ou charges, nem qualificar uma situação, uma contingência, um sentimento, por exemplo, porque não foram suficientemente estimulados a descrever na escola básica, mas há tempo de corrigir essa lacuna; basta treinar bastante a escrita descritiva.
Sugestões para escrita
1- Examine a tirinha do Benett( GP, 1º / 11 /2008 ) e descreva a seqüência de cada quadrinho; limite-se a 7 linhas.
2- Observe atentamente a imagem feita pela Priscila Forone(GP, 1º /11 / 2008) e descreva minuciosamente o que vê; não exceda as 8 linhas.
3- A reportagem de Cid Destefani, invariavelmente aos domingos, na Gazeta do Povo, mostra aspectos descritivos do Paraná antigo. Hoje, por exemplo trata de ” No tempo da Madeira”(leia aqui). A descrição em palavras das fotos que ilustram as históricas situações paranaenses oferecem ao leitor a oportunidade de comparar lugares conhecidos; um exemplo é o da Praça Ozório. Na imagem que fiz, com um celular, há um contraste cronológico. Observe a foto do arquivo do Cid(em PB) e descreva em palavras as diferenças existentes; limite-
se a 8 linhas.
Até a próxima!
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