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Um convite à disseminação prazerosa da leitura
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Sei que um dos grandes desafios da escola é despertar na criança e no jovem o prazer da leitura, sobretudo dos impressos, independente das obrigações escolares. As estratégicas para disseminar o prazer de ler são inúmeras, mas poucas surtem os resultados esperados. Para da leitura despertar alegria e prazer bastam significativas ações, capitaneadas por mediadores competentes – e aqui é conveniente incluir os pais, os familiares próximos, amigos , projetos e a poderosa mídia impressa.

Arquivo cel.   Encontros Marcados  com  a  Redação
Ao contrário das frias e desatualizadas apostilas meus alunos leem os jornais do dia

Ler é nada mais nada menos do que achar uma localização informativa, entender significados e registrar informações objetivas, concatenadas. Fácil, facílimo, sobretudo para quem realmente deseja atravessar o fabuloso mundo elaborado pelas letras e idéias. Quando um professor, os pais ou amigos leem com gosto e prazer não há criança ou jovem que resista. É preciso gostar de ler, de descobrir sentidos para que a leitura ultrapasse os limites de casa, da escola, do bairro, da cidade, do estado, da região, do país, do continente e do mundo. Ler, meu querido leitor, é uma porta aberta às novidades – e cada um de nós poderá atravessá-la quando quiser.

Tenho feito muitas crianças e jovens atravessarem o portal das informações com a leitura; depois, numa decorrência natural vem a da escrita , sempre consoante ao aprendizado e gosto pelo que se lê. Fácil, facílimo, basta bem planejar e envidar esforços objetivos – e não esmorecer nunca, porque é preciso mostrar a leitura como um farol, sempre iluminando as descobertas informativas.

Por que tão poucos leem?

Faltam leitores, de fato , na escola fundamental, porque se lá estivessem presentes as nossas crianças e jovens já teriam descoberto o fabuloso mundo oferecido pela leitura, não apenas a que decifra letras, mas também das cores, dos aromas, dos sons, das texturas e dos sabores. Faltam mediadores exemplares aos sentidos humanos – e quando estes forem maioria na escola a vida poderá ser bem melhor para todos. Desejar que este controvertido e contrastante país seja um lugar de leitores é ainda um sonho, mas não impossível. Basta melhorar a formação e as condições de trabalho e remuneração dos professores e teremos, portanto um pais de leitores, mas é também imprescindível grande vontade política aos que concentram o poder decisório ligado à educação neste Brasil, cheinho de contrastes e contradições.

Sugestões:

1- Busque na sua memória antiga ou recente um exemplo de leitor muito importante para você; descreva e explique a emoção que sentia quando via este leitor querido lendo um jornal, um livro, um bilhete, uma carta, um e-mail ou um aviso na rua. Até hoje não esqueço do meu pai, leitor dos antigos jornais paraenses ” A Provincía do Pará” e ” O Imparcial “, lamentavelmente inexistentes agora.

2- Faça uma pequena pesquisa entre os seus familiares e constate quantos realmente gostam de ler, sobretudo impressos; peça-lhes argumentos que justifiquem a opção pela escolha de um determinado jornal, revista, caderno, coluna ou colunista. Eu sou de uma família de leitores, desses que ficam pendurados num livro, jornal ou revista – e minha filha segue o mesmo destino. Para nós aquele velho ditado ” filho de peixe, peixinho é” funciona.

3- Leia e divulgue os suplementos encartados no jornal da sua preferência. Eu não deixo nunca de examinar a Gazetinha e o Caderno Vestibular, assim como outros dos jornais que assino. Suplementos são poderosos opoios de disseminação da leitura infanto-juvenil, porque têm formato que agrada aos jovens leitores – e constituem um espetacular meio de intermediação das notícias e das tendências assertivas da escrita interativa.

Duas práticas da disseminação da leitura

> Passe adiante, das Livrarias Curitiba

>Pegue um livro e devolva quando quiser, da Panificadora Pote de Mel

Você conhece outras excelentes ações? Indique-as aqui, porque tenho certeza de que muita gente dissemina a prática da leitura, mas ainda é preciso que outros brasileiros sejam contagiados pelo prazer de ler e incentivar aos demais.

Uma ótima notícia para o meu domingo: hoje, o ombudsman da Folha de S.Paulo, o jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, em Como atrair os jovens para o jornal destaca a defesa que venho fazendo do uso dos impressos jornalísticos( suplementos prioritariamente) na escola.

Até a próxima!

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