Na última quarta-feira, 28, a Câmara dos Deputados vergonhosamente sediou uma sessão solene em homenagem aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Dentre vários destaques de um legado execrável, podemos citar sabotagem, roubo, invasão, dano à propriedade, cárcere privado, depredação e por aí vai. Em outros países alguns desses crimes seriam considerados atos terroristas. Por aqui, os valores já estão completamente invertidos.
Voltando no tempo, podemos destacar alguns fatos muito pertinentes. Mais precisamente em 2006, centenas de militantes ligados ao MST ocuparam a Câmara dos Deputados para apresentar reivindicações e, claro, não conseguiram deixar seu recado de forma pacífica. Ao final do ato, cerca de 24 pessoas ficaram feridas, dentre elas, uma em estado grave e sendo a maioria delas funcionários da casa.
Em 2014, cerca de 20 mil deles, insatisfeitos com posicionamentos do governo Dilma e a atuação do Poder Judiciário, chegaram à Praça dos Três Poderes, derrubaram grades, tentaram invadir o STF e entraram em confronto com a polícia. Além da tentativa de invasão, os manifestantes carregavam várias faixas criticando o Supremo. O saldo na época foi ao menos 42 feridos, sendo 30 deles policiais. Ainda, 8 pessoas ficaram em estado grave depois de mais uma tentativa frustrada de manifestar de forma democrática.
No ano seguinte, a invasão foi nos prédios do Ministério da Fazenda em Brasília e em São Paulo. Na icônica foto do ato, o destaque era o psolista Guilherme Boulos, aquele mesmo, que em tese defende os sem teto mas anda de jatinho. O panorama não foi diferente em 2023, pelo contrário: em 10 meses de governo Lula, as invasões bateram recorde e superaram todos os anos governo Bolsonaro. A previsão do líder João Pedro Stédile para 2024? Ainda mais incursões.
Para que o artigo não fique demasiado extenso (pois os exemplos são inúmeros), ao final de tudo o que foi citado acima, a pergunta que fica é: após esse histórico, que continua a ser preenchido, por que a simples existência de um movimento terrorista é permitida no Brasil? Por qual motivo se faz uma homenagem a um grupo assim dentro de uma Casa legislativa?
Além da tentativa de invasão da sede do Judiciário, os manifestantes do MST carregavam várias faixas criticando o Supremo. O saldo na época foi ao menos 42 feridos, sendo 30 deles policiais.
Difícil responder. Bom, não posso dizer que é difícil; mas, como beira o absurdo, muitas vezes não é tão simples assimilar. Está achando o arroz caro atualmente? Pois é, aqui em Minas, a prefeitura petista de Juiz de Fora fechou, em maio do ano passado, um contrato de R$ 818.140,00 para a compra de 19 mil pacotes de arroz de uma cooperativa ligada ao MST, com o custo unitário de R$43,06 por pacote.
Também liderada pelo PT, em 2023 a prefeitura de Contagem usou dinheiro público para pagar visitas de escolas a acampamentos dos vândalos, e o mais curioso é que, pouco meses antes disso, vários pais estavam reclamando do atraso na entrega de uniformes dos alunos da rede pública da cidade. Pra entregar uniforme houve problema; mas para financiar excursão inútil, não. Uma mãe que estava totalmente indignada ainda apontou que, para os alunos visitarem o Instituto Inhotim, considerado o maior museu a céu aberto do mundo, os pais tiveram que pagar. Vale lembrar que quando, se trata de algo ligado a um braço da esquerda, até almoço é incluso. E adivinha só quem pagou pela excursão? O querido povo brasileiro.
Seria muito mais útil, ao invés de financiar vagabundos, ou tentar forçar os alunos a os adorarem, que a esquerda mostrasse os fortes relatos dos ex-integrantes do MST na CPI, que relataram como foram abusados, ameaçados, agredidos por homens armados, e que não tinham liberdade para votar em alguém que não fosse do Partido dos Trabalhadores. Algo bastante “democrático”, defenderiam alguns.
Se o “terrorismo do bem” continua sendo permitido no país, qual será o próximo homenageado dos progressistas? O Hamas? Levando em conta que um defensor do grupo extremista está participando de reuniões da pasta ministerial e sendo recebido de forma bastante amistosa na Fundação Palmares, instituição ligada ao Ministério da Cultura, isso não seria uma surpresa pra mim. Aliás, do ponto de vista negativo, infelizmente não sei se há algo que ainda me surpreenda no Brasil.
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