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A  “democracia” que caça quem usa redes sociais 
| Foto: Joédson Alves/EFE

A pedido do ministro do STF, Alexandre de Moraes, a Polícia Federal vai identificar quem  acessou a rede social X depois da determinação ditatorial de bloqueio no dia 30 de agosto, para aplicação de multas diárias de R$50 mil. Assim, a história da “democracia”, que proíbe redes sociais, vai ganhando novos capítulos, como se no Brasil não houvesse problemas realmente importantes e graves. 

Além da gravidade do fato em si, que nos coloca cada vez mais próximos das ditaduras socialistas defendidas pela esquerda, as decisões absurdas contra o X, que resultaram até no bloqueio milionário às contas da Starlink, fazem a nossa nação ser envergonhada mundialmente por culpa de quem se acha acima de tudo e de todos. Um verdadeiro deus – com “d” minúsculo – na Terra.

É triste ver no que transformaram a Polícia Federal no Brasil. São inúmeros os candidatos e agentes que estudaram e treinaram exaustivamente para passar no concurso público e realizaram o sonho de fazer parte de uma instituição tão respeitada, porém infelizmente com a reputação cada vez mais destruída.

A PF, que tem como missão defender a sociedade e a Constituição Federal, enfrentar a criminalidade e preservar o Estado Democrático de Direito, agora está sendo usada para fiscalizar usuários de uma rede social. 

Ultimamente, a instituição ganha destaque na mídia não mais por grandes operações contra corruptos e criminosos, e sim por perguntar se um político é “cis”, deter jornalista estrangeiro no aeroporto e me investigar por eu ter chamado o Lula de ladrão, indo totalmente de encontro às próprias funções.

Poucos estão ousando defender o ataque à liberdade de expressão no Brasil

O que os militantes, políticos e jornalistas de esquerda estão celebrando - por ser um avanço contra a direita - não escapa da condenação de outros, que mesmo com posicionamento ideológico diferente não deixaram de ser profissionais, honestos e principalmente: não querem ser cúmplices da implantação de uma ditadura.

Na última terça-feira, 17, a porta-voz do governo norte-americano, Karine Jean-Pierre, afirmou que a liberdade de expressão inclui o acesso irrestrito às redes sociais ao condenar a suspensão do X no Brasil. A afirmação foi resposta a uma pergunta, relacionada ao tema, feita por uma jornalista brasileira da TV Globo, que fez bem em ter publicado o argumento de Karine em suas redes sociais, tendo em vista que o veículo onde ela trabalha sequer noticiou o fato. Previsível.

Ou seja, mesmo com um governo de esquerda à frente do país, a Casa Branca também condena a censura no Brasil. Claro que precisaram ser provocados para se posicionarem, e não era esperado algo diferente por parte deles poucos meses antes das eleições presidenciais nos EUA. Mas, tratando-se dos progressistas, já é um avanço.

A ampla maioria dos brasileiros não aprova o que está acontecendo e ainda assim o regime ditatorial avança. A quem resta recorrer? Alguns querem uma bala de prata para combater a ditadura, porém não estamos lutando contra vampiros, seres mitológicos ou o Lord Voldemort, e sim contra a tirania do Estado, que é composto por pessoas. Somente pessoas podem derrubar outras pessoas, por isso a importância da conscientização de TODAS as classes.

A realidade é que toda atitude contra uma antidemocracia será considerada antidemocrática, incluindo postar em uma rede social. Tiranos se vestem em uma embalagem de democracia, mas são totalitários quanto aos seus poderes.

Olavo de Carvalho afirmava que “chegará o dia em que a internet se tornará a maior ameaça à ditadura brasileira, e o governo, desesperado, tentará de todas as formas regular e censurar, mas falhará miseravelmente.” Este dia chegou e ele tinha razão – como em várias situações. Farei o meu máximo para que todos os tiranos, de fato, falhem.

Conteúdo editado por:Aline Menezes
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