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A luta pela democracia exige esforços. Os brasileiros entenderam isso e responderam ao chamado para pacificamente lutar pela liberdade no país. Apesar de toda a campanha de desmobilização promovida pela esquerda, seja por meio de ameaças ou até mesmo apelando para as condições climáticas no dia, cerca de 750 mil pessoas estiveram presentes na Avenida Paulista, em defesa do Estado Democrático de direito. No último domingo, a multidão sem dúvidas deixou o recado: gostando ou não, a direita segue mais viva do que nunca.
De forma natural, um grande evento como esse seria repercutido por todos a imprensa nacional, mas o que se viu foi bem diferente. Exceto pela mídia independente e alguns veículos de imprensa específicos, o ato em São Paulo repercutiu muito mais internacionalmente que no próprio Brasil. Aliás, o país lamentavelmente passou mais uma imagem negativa para o mundo com o caso do jornalista português Sérgio Tavares, que veio cobrir as manifestações e foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos, e segundo o próprio, ficou por quatro horas sendo questionado sobre Flávio Dino, Alexandre de Moraes, vacinas e a ditadura do Judiciário. A “democracia” em que profissionais de imprensa são presos, exilados ou detidos pode ser qualquer coisa, menos inabalada.
Como explicar que os mesmos que rotulam pessoas com camisas verde e amarelas e Bíblias nas mãos como terroristas, divulgam manifestações com faixas pedindo revolução e ditadura proletária como sendo protestos em defesa da democracia? Como acreditar em quem chama o opositor de golpista enquanto se reúne com verdadeiros ditadores? Aliás, enquanto o o povo estava na rua pedindo liberdade no último domingo, saía a notícia de que Lula irá se reunir novamente com Nicolás Maduro, este sim um verdadeiro golpista idolatrado não só por ele como por todo o seu entorno.
Os brasileiros entenderam que a luta pela democracia exige esforços e responderam ao chamado para pacificamente lutar pela liberdade no país.
Aturar tamanha hipocrisia não é fácil, mas mesmo que pareça impossível diante do atual cenário tirânico do Brasil, o dia 25 de fevereiro de 2024 certamente foi uma injeção de ânimo para muitos que tive a oportunidade de conversar, além de ser uma prova de que finalmente começamos a aprender que nada será conquistado no imediatismo e sim com um trabalho contínuo e bem fundamentado. O ex-presidiário tentou por 12 anos ser presidente da República até conseguir o que queria. Viu sua sucessora sofrer impeachment, foi preso e condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro e não desistiu.
Na última terça, 26/02, o ladrão foi perguntado por uma jornalista sobre a manifestação de domingo; ele não respondeu e seus militantes vaiaram a repórter. Isso foi, sim, uma confissão, porém a de um presidente que teve que cancelar suas lives “flopadas”, não consegue sair nas ruas (diferente daqueles que ele tanto critica), precisa de uma assessoria de imprensa que prefere questionar a oposição do que fiscalizar o atual governo, além do já conhecido ativismo judicial. Quem está realmente acuado e mostrando fraqueza?
A palavra “liberdade” na verdade é a mais utilizada por quem deseja um Brasil livre e que respeita verdadeiramente a democracia, não aquela que soa bonito em discursos vazios, mas a que é de fato respeitada. Não temos o direito de sermos menos persistentes que os nossos opositores. Se o presente é deles, o futuro será nosso.
Conteúdo editado por: Bruna Frascolla Bloise