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Nikolas Ferreira

Nikolas Ferreira

Agora o mundo sabe. Nunca recue.

(Foto: Unsplash)

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Por meio de um fio no X, o jornalista americano Michael Shellenberger expôs, junto com David Ágape e Eli Vieira, os “Twitter Files”, que mostram interferências ilegais de autoridades brasileiras sobre plataformas de redes sociais. Neste caso, de forma específica, partia do ministro, agora chamado mundialmente de ditador, Alexandre de Moraes. O assunto se tornou tão grave que despertou uma reação de Elon Musk, dono da plataforma, que questionou o motivo de Moraes determinar tanta censura. Daí pra frente a ditadura de opinião que calava inúmeros brasileiros deixou de ter repercussão nacional para se tornar assunto global, principalmente após a liberação dos documentos sobre a censura promovida pelo “magnânimo” ser divulgada pelo Comitê da Câmara dos Estados Unidos. Agora o mundo sabe.

Vale destacar que o ponto central não é se Musk é gente boa ou não; é preciso valorizar, que nesta situação, ele foi um dos que se levantou para defender a liberdade de expressão. Em um dos meus discursos na Câmara, fiz questão de destacar que, para combater o autoritarismo no Brasil, não é preciso fazer mais leis, projetos, ou PEC’s. Precisamos de homens com virtudes para tomar não a decisão que desejamos, mas a decisão correta. Que entendam que sim, princípios importam mais do que o lucro.

A esquerda, que tanto levanta a narrativa de que a Direita era antidemocrática, segue defendendo tudo o que há de mais ditatorial. Sempre prova, assim, que o real problema é que suas mentiras não se sustentam mais nesta era, quando está cada vez mais fácil ter acesso a informações reais, em vez de fantasias ideológicas. Para quem segue perdendo a conexão com o chamado “povão”, as minorias e a influência política principalmente nas redes sociais, resta defender que os opositores sejam silenciados. Nem mesmo todo o domínio cultural e educacional nas mãos dos progressistas estão sendo suficientes para sustentar a hegemonia que haviam construído.

Bastou o CEO da SpaceX entrar na luta pela defesa da liberdade no nosso país para a máquina que já não gostava muito dele começar a trabalhar no Brasil. De reportagens na emissora que chamam de golpista (mas é a que mais recebe pagamentos de publicidade do Governo Federal), passando pelas comemorações após a polêmica divulgação da suspensão dos contratos com a Starlink (que prejudicaria os pobres dos quais tanto dizem gostar, no seu discurso raso contra bilionários, exceto se o bilionário for George Soros ou Bill Gates por exemplo). Ironicamente, todos são livres pra xingar o Musk no X, mas o que acontece se o mesmo for feito contra algum ministro do STF ou direcionado a Lula?

Quando os conservadores foram banidos das redes sociais, incluindo no antigo Twitter em que até mesmo as “focas” tinham influência quando se tratava de pedir a remoção de alguém, os oponentes comemoravam e pediam para que deixássemos a plataforma para criar as próprias redes. Para onde eles foram agora? Lugar nenhum. Usam a rede social do comandante da Tesla até para exaltar o comunismo de um país no qual o próprio aplicativo é banido, e ainda saem de lá falando que ali há uma “democracia efetiva”.

Pra quem diz que AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA SEM LEI NEM TERRA DE NINGUÉM, eu digo com caps lock também ativado que O BRASIL NÃO É TERRA DO STF NEM TERRA COM DONO

Alguns da velha mídia ousaram abrir pelo menos um dos olhos e enfim se posicionaram em defesa da liberdade de expressão. Se é de fato algo real, ou uma cortina de fumaça num momento que ficou praticamente impossível ignorar o que está acontecendo, é algo a ser discutido. Isto foi o mínimo que outros não fizeram, principalmente aqueles que levantaram até teorias da conspiração sobre censura no X em 2023, quando na verdade se tratava de problemas técnicos. Uma fake news memorável. Mas se a justiça é cega para as notícias falsas postadas pelo esquerdista mais inexpressivo que se possa imaginar, como ousaria chegar até os intocáveis do “jornalismo profissional”? É mais fácil ir pra cima da mídia independente e dos jornalistas que publicam fatos e não propagandas governamentais falaciosas.

O jornalista Glenn Greenwald teve acesso a uma das ordens repressivas de Alexandre de Moraes, e divulgou as provas que mostram que eu era um dos alvos a ser banido das redes sociais, o que de fato aconteceu. Glenn é de um pensamento político totalmente contrário ao meu e alguém com quem provavelmente eu não concorde em mais nada, mas uma das coisas que sem dúvida compartilhamos é a defesa da liberdade de expressão. Ele foi capaz de fazer o que os seus colegas de ideologia não quiseram, pois estão longe de serem democratas.

Com relação ao que foi exposto por Shellenberger e publicizado e enfatizado por Musk, fiz questão de pedir diretamente a ele durante uma live no Spaces que tudo seja divulgado. É inegável que neste caso específico a ditadura de opinião no Brasil está mais que provada por meio de diversos outros episódios que contam até com censura prévia, porém defender uma investigação séria e isenta não é somente minha obrigação, como a de qualquer um com honradez.

O pedido parece não ter sido bem visto por quem não respeita a tripartição dos poderes, já que no mesmo dia o ministro Luiz Fux autorizou um inquérito solicitado pela Polícia Federal para me investigar por ter chamado o Lula de ladrão. Onde já se viu isso acontecer, ainda mais contra a viva alma mais honesta que existe e em um país tão democrático como o nosso, não é mesmo?

Assim como os brasileiros, a grande maioria da população mundial não é conivente com a escalada de qualquer tipo de autoritarismo. Pra quem diz que AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA SEM LEI NEM TERRA DE NINGUÉM, eu digo com caps lock também ativado que O BRASIL NÃO É TERRA DO STF NEM TERRA COM DONO.

Está cada vez mais nítido que a pior ditadura é aquela que se traveste de democracia, e o pior ditador é aquele que esconde no interesse coletivo seu desejo mais obscuro de poder. Sim, estou falando dele, o líder da gangue, o homem que tomas as decisões, fala bonito, e quebra as regras. Aquele que tem o nome composto. Ele é Dutch van der Linde, de Red Dead Redemption.

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Conteúdo editado por: Bruna Frascolla Bloise

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